Assim caminha a humanidade na pandemia
Quem você quer ser? Esta foi a pergunta que norteou o início da aula interativa que tive com os alunos do curso superior em Secretariado da Universidade Federal da Paraíba, campus Mamanguape, na noite de 23 de março de 2020.
A ideia central era falarmos sobre como estávamos caminhando, enquanto humanidade, até chegarmos a este ponto, o ápice da pandemia da Covid-19, especialmente no Brasil. Sem dúvida, esta crise de saúde global deixou todo mundo subitamente tenso, um pouco confuso e, em alguns casos, perdido.
Talvez não estivéssemos nos dando conta de como estávamos vivendo até que tudo isso acontecesse e interrompesse esse ciclo insano de vida, trabalho e relacionamentos que insistentemente passamos a chamar de contemporaneidade.
Se você não era uma dessas pessoas, lembrará de alguém que estava vivendo loucamente no piloto automático. O tipo de pessoa que deixava de curtir os prazeres instantâneos da vida, da presença real das pessoas mais queridas e, ao invés disso, rolava incessantemente o feed do Instagram ou Facebook para ver a vida de um íntimo desconhecido que sempre parecia mais interessante que a sua.
Quando paramos de contemplar um nascer ou um pôr-do-sol na companhia de alguém que amamos? Quando deixamos de rolar de rir e brincar no chão com nossos filhos? Quando foi que desistimos de querer ter filhos e o fato de não ter grana para viajar nas próximas férias se tornou o grande motivo de uma crise existencial?
Estávamos entrando em colapso irreversível e se não tivéssemos sido interrompidos, aonde iríamos parar? Talvez esta pandemia seja a grande oportunidade de acertarmos as contas com a gente, de repensarmos nossas ações, nossas esquisitices, nosso foco e propósito. Todos temos um e, independente de sua crença, não ache que sua existência aqui é a passeio. VOCÊ TEM UM PROPÓSITO!
Quando tudo isso passar, vamos precisar restaurar os laços com a nossa originalidade, lembrar quem somos de verdade e parar com essa mania extraterrestre de querer ter a vida de outras pessoas. Cada um paga um preço para viver como vive e ninguém sabe qual é o valor da fatura.
Ou teremos que assumir nossa fraqueza de espírito e viver como cópias mal feitas ou resgataremos nossa identidade definitivamente e viveremos decentemente daqui para frente. A escolha é individual. As consequências também!
Quem VOCÊ quer ser?
Marcela Brito é cofundadora da Iventys Educação Corporativa, Treinadora de Mentores licenciada da Global Mentoring Group, mãe da Elisa, esposa do Victor, filha, amiga e uma mulher de fé