Choque de cultura organizacional
Olá, mundo!
“A gente era feliz e não sabia…”. O trecho dessa música reflete o sentimento vivido por muitos profissionais durante o processo de migração organizacional. Isso ocorre quando estamos condicionados a uma realidade corporativa e em uma mudança de ambiente profissional, somos confrontados com um ambiente que, à primeira vista, nos parece adverso.
Esse é um choque causado pela diferença de cultura organizacional. É muito parecido com as experiências pessoais. Quando nos acostumamos com nossa casa, tudo parece muito apropriado e conveniente. Conhecemos cada regra de convivência, aprendemos a lidar com nossos pais e irmãos e entendemos o funcionamento de cada equipamento, cada detalhe.
Em contrapartida, se mudamos para outra cidade ou passamos a dividir o mesmo espaço com pessoas com as quais nunca nos relacionamos antes, esta realidade passa a interferir diretamente nas nossas emoções, mais de forma negativa do que de forma positiva. Um exemplo muito claro desse choque é quando um funcionário de empresa privada e nomeado por um órgão público.
Na empresa privada, de modo geral, os procedimentos costumam ser mais ágeis e menos burocráticos, a fim de que os resultados sejam obtidos em tempo satisfatório para empresa e cliente. Já em um órgão público (especificamente no Brasil), ainda existe morosidade ao tratar de assuntos de interesse tanto interno como externo. Os modelos de gestão são ultrapassados e os servidores pouco motivados para desempenharem suas funções.
Para quem sai de uma empresa privada, especialmente quando se trata de uma empresa dentro dos moldes da administração contemporânea, e ingressa em uma unidade de prestação de serviços públicos sofre este impacto. O que fazer nesta situação? Independentemente da realidade que for encontrada no setor público, a reação do colaborador vai fazer a grande diferença.
É papel do profissional o combate à falta de ética, a falta de colaboração dos colegas e implantar novas formas de pensar e fazer a administração em outra empresa ou outro órgão público. Essa reação deverá ser pela inteligência e não pela força. A criatividade e a motivação pelo trabalho devem ser predominantes neste processo de mudança de ambiente organizacional, além de manterem o bom clima organizacional.
Por Marcela Conceição