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O chefe enviou um e-mail consultando o interesse em participar de um evento exclusivo para clientes de um fornecedor multinacional da área de tecnologia. Mentalmente respondi mais rápido do que por e-mail. Conversei com minha colega e articulamos para que nós duas pudéssemos ir.

Deu certo! Lá, participamos de uma manhã incrível de conhecimento voltado a… pessoas. Foi uma exposição sobre boas práticas corporativas orientadas à mudança da cultura organizacional e especialmente da forma como a empresa lidava com empregados e clientes.

Isso não aconteceria se eu ainda fosse uma excelente secretária executiva. Existe um comportamento subversivo comum às pessoas que confrontam a condição preestabelecida na sociedade, no meio familiar e na vida profissional. Quando você assume uma persona profissional, assume-se tudo o que essa persona carrega.

E o que você traz consigo quando se posiciona como um profissional formado na área X, Y ou Z pode tornar você o melhor profissional em sua formação. E isso é abominável! Por quê, Marcela? Pense comigo: ser o melhor em uma área específica o torna um especialista em um contexto que não opera mais no mundo do trabalho real.

Se você é o melhor diretor administrativo de sua empresa, isso é preocupante. Porque isso pode apontar para o domínio total de um conhecimento técnico que inibiu em algum momento o desenvolvimento em outras áreas importantes, como relacionamento interpessoal e capacidade de negociação.

Para você estar fora do jogo não precisa estar fora do mercado, basta você ficar fora de órbita. Quando alguém se centra em seu próprio universo e meio de convívio e relacionamento, perde absurdamente a capacidade de ler os códigos corporativos, sociais e culturais tão urgentes e necessários para a adaptabilidade que o retrato do futuro do trabalho prevê. Portanto, você pode seguir tranquilamente recebendo seu soldo mensal e conferindo seu holerite ao fim de cada mês e simplesmente não compreender que o seu universo se tornou paralelo e que você está fora do centro dos grandes acontecimentos. E como saber que o jogo acabou e você nem sabe?

Para ajudar você a compreender como pode estar por fora do circuito, compartilho 4 sinais que denunciam que você está fora do jogo:

1. Parar de estudar: quem não busca conhecimento e acredita que o que sabe é suficiente para desenvolver seu trabalho, já morreu por dentro. E não me refiro apenas ao conhecimento formal. Hoje existem infinitas maneiras de agregar conhecimento e valor ao seu dia a dia e a tudo o que você faz. Alguém com sede de aprender é sempre alguém que está vivo!
2. Mesmas companhias: se você é do tipo que resiste conhecer pessoas novas e anda sempre com os mesmos, tenha cuidado! Isolar-se de quem é diferente e trabalha em áreas diferentes é um verdadeiro suicídio profissional. Compartilhar sua trajetória com pessoas que vivem realidades diferentes da sua enriquece sua vida e sua caminhada e faz você se inspirar e melhorar sua atuação.
3. Hábitos velhos: adquirir novo hábito que desafiem seu cérebro a construir novas possibilidades e soluções fazem de você alguém com visão de águia. Quando você estiver em uma situação adversa certamente conseguirá manter a calma necessária para pensar em como resolver a questão.
4. Fechar-se a novas experiências: viver experiências diferentes abre sua mente para o novo, inspira você a fazer seu trabalho melhor e traz uma carga de alegria por se permitir viver coisas novas. As pessoas que não gostam de viver experiências diferentes de sua rotina infelizmente não sobreviverão ao cenário atual por muito tempo.

Dessa forma, reflita sobre o que você pode mudar na sua vida e como isso poderá impactar positivamente o rumo do seu trabalho e o seu futuro.

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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