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Eu entrava naquele ambiente novo, com várias áreas de conhecimentos diferentes, pessoas diferentes e atrativas em sua diversidade. Era o ambiente do campus da Universidade do Estado do Pará, onde estudei de 2005 a 2008. Aquilo era totalmente diferente de tudo o que eu já havia vivido. Estava muito entusiasmada. Havia uma infinidade de possibilidades para que eu pudesse fazer tudo o que sempre quis: manifestar meus talentos.

Os dois primeiros anos eram de dinamismo puro. Saía de uma faculdade para outra, sem pensar em comer, em dormir, apenas chegar ao destino, geralmente a biblioteca. Ficava ali explorando os livros, lendo os jornais e, quando sobrava tempo, navegando na internet. Nesse meio tempo, conheci muitas pessoas, de outros cursos, de outros campi e de outros estados.

Era 2005/2006 e eu já sabia que aquele era o melhor jeito de fazer as coisas acontecerem. Falar, olhar para as pessoas, me interessar por elas, me fazer conhecer. Alguns dizem que eu nasci assim. Pode ser. Contudo, eu sigo apostando que me tornei assim. Ao longo do caminho, muita coisa aconteceu que poderia ter me travado. Não permiti. Segui adiante. Quis aprender, me desafiar, contrariar verdades prontas e, sem a intenção, provei muita coisa para muita gente sem que eu mesma percebesse.

Quando ouço especialistas falarem do futuro do trabalho, de suas tendências e das competências que vão fazer você ficar dentro ou fora do jogo na próxima década (pelo menos) eu sinto um calor no coração e lembro que esse futuro eu já vivo desde o passado. Porque o crescimento futuro começa em um tempo determinado. Começa quando você vê além, quando você entende que o que você é, na verdade, é um estado, não uma condição. Onde você está é apenas um lugar e que você pode mudar quando quiser.

O problema de boa parte das pessoas é viver em lugares e expressar uma imagem construída que elas acham que devem manifestar para impressionar terceiros. Quando você vive dentro de você, dentro de sua cabeça, tudo se torna possível. Você cria as condições, você cria as estratégias e quem faz o jogo é você. É difícil entrar nesse modo, porém é necessário se você deseja crescer.

Se hoje você me perguntar, o que é necessário para que você se mantenha atrativo no mundo do trabalho ou na vida social, eu diria que é buscar cada vez mais a compreensão do que você tem de bom, de quem potencializa isso em você e estudar para agir de modo que suas potencialidades gerem resultados e soluções para você e outras pessoas.

Bons negócios nascem de desejos do coração em construir pontes, resolver problemas e facilitar a vida das pessoas. Por isso que apesar de todo o avanço tecnológico e a automatização dos processos industriais, o ponto chave será a capacidade de um humano se conectar a outro humano.

Enquanto isso não se perder, ainda existirá esperança para a humanidade, pois teremos o melhor da tecnologia a serviço do melhor da humanidade.

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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