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Amig@ leitor(a),

Nossa cultura não nos ensina sobre aprender a ouvir NÃO. Fomos programados, especialmente a geração Z, a ouvir sempre sim. Quando saímos em busca de trabalho e oportunidades no mundo do trabalho, nos deparamos com uma situação bem atípica e acabamos por temer a ousadia de fazermos um trabalho de qualidade e superarmos nossas limitações simplesmente porque não temos coragem de ouvir NÃO.

Se as pessoas me perguntassem o porquê de sempre buscar algo que parece impossível, a resposta é que o impossível é um conceito que está na mente de cada um. Particularmente já achei muita coisa impossível. E isso me colocou no limbo, à margem daqueles que fazem acontecer. Até o dia que eu me dei conta de que não havia motivo algum para eu não estar junto com os realizadores, aqueles que fazem algo diferente.

Ressignifiquei isso em minha mente e decidi que eu seria SIM a pessoa que poderia fazer qualquer coisa com qualidade e excelência, ainda que parecesse impossível. E assim superei a dor de um dia ouvir que jamais eu poderia ser escritora, outra dor de que com o meu biotipo eu jamais teria sucesso profissional numa região como o Sul do Brasil (por ser negra, baixinha e com traços amazônicos).

E a cada passo dado, a cada conquista alcançada eu ia lembrando das pessoas que me falaram essas coisas. E percebi uma característica comum: elas não haviam realizado nada. Estavam frustradas com suas próprias vidas e se sentiam um pouco melhores em frustrar a vida dos outros. E essas pessoas tinham nível de parentesco comigo (eram tios). Cruel? Talvez, mas passou.

A questão é que esta semana eu rompi mais uma barreira do impossível no trabalho: articulei a palestra de alguém com uma agenda muito difícil e que gentilmente aceitou a proposta de palestrar em uma empresa pública ameaçada e com uma cultura organizacional bastante conservadora e hermética. Não o fiz por mim, fiz porque sabia que seria importante para o coletivo e para cumprir com meu próprio compromisso junto à equipe com a qual trabalho.

E este texto é só para mostrar a você que o impossível quem define é você. E que o NÃO faz parte da vida, é importante, nos desafia. O não nós sempre temos. Precisamos encontrar meios para conquistar o SIM. Eu tenho buscado o meu! E você, como tem buscado o seu SIM?

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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