Livro #5: Mentes perigosas – o psicopata mora ao lado
Amig@ leitor(a),
Apertem os cintos! Esta resenha é de dar calafrios. Comecei a ler o livro no início do mês, em meio à folia do carnaval deste ano. Encerrei a leitura esta semana e ansiava pelo momento de compartilhar com vocês tanto conhecimento útil e tantas orientações científicas e culturais que permeiam o mundo da psicopatia.
A médica e autora, em seu primeiro capítulo, empresta o título do clássico de Jane Austen, Razão e Sensibilidade, no qual explica didaticamente que seria a chamada consciência. Ela apresenta consciência como uso da razão para processarmos informações, emoções e compreendermos o mundo e as pessoas a nossa volta.
Neste sentido, estar consciente é ser capaz de pensar e refletir sobre nossas ações. Ou seja, ser consciente é ser capaz de amar. Isso implica manifestar sensibilidade e empatia à dor alheia. Isso também significa afirmar que pessoas com o chamado transtorno de personalidade antissocial (termo técnico usado pela medicina para definir o que vulgarmente chamamos de psicopatia).
Ela desmistifica a imagem que fazemos dessas pessoas como sendo obviamente cruéis, sombrias e mal encaradas. Nos apresenta as principais características dos psicopatas como sendo justamente o contrário: sedutores, atraentes, bons de conversa, geralmente bonitos e bem cuidados, porém perigosamente envolventes.
Ela explica que essas pessoas geralmente se aproveitam de pessoas frágeis e generosas, se aproveitando de sua bondade e solidariedade para conquistarem seus objetivos, não se importando se em alguma medida podem prejudicá-las. Eles estão em toda parte (nossa família, nosso trabalho e em círculos de amigos).
A médica também apresenta no livro exemplos da manifestação do comportamento dos psicopatas em ambiente corporativo. Muito ilustrativos, seus exemplos certamente nos fazem pensar e lembrar de muitas figuras. Ela também diz que assim como existem pessoas com esse perfil, existem organizações “psicopatas” e justifica que uma instituição pode manifestar esse tipo de comportamento quando não possui normas, políticas e uma filosofia bem definidos ou quando possui normas e políticas e essas não são plenamente seguidas e cumpridas. Dessa forma, proporciona um ambiente favorável a profissionais inescrupulosos e gestores ruins.
No livro, ela também relata de forma razoável aspectos de alguns dos crimes mais hediondos ocorridos no Brasil e no mundo, a exemplo do assassinato da atriz Daniella Pérez, filha da novelista Glória Pérez, em 1992, e da pequenina Isabella Nardoni, assassinada pelo pai e a madrasta no final da primeira década dos anos 2000.
Por fim, a autora apresenta um cenário não muito otimista e defende que como há dificuldade de identificar mais detalhes dos traços psicopáticos de pessoas com o transtorno, o ideal é alertar a sociedade, de modo geral, para os perigos de se relacionar com esse tipo de pessoas e evitar ser enganado por elas. Além disso, ela alerta para a mudança de valores em nossa sociedade atual, na qual passamos a enaltecer pessoas que se dão bem facilmente na vida, valorizamos dinheiro, glamour, poder, status e vemos pessoas que agem de maneira mais simples e honesta como otários (nas próprias palavras da autora).
O livro é fascinante, de fácil e atrativa linguagem e necessário para qualquer pessoa! Recomendo!
089/365
Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.
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