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Amig@ leitor(a),

Como já adiantei lá pelo instagram, teremos resenhas dos livros lidos em 2019. O primeiro já foi, minha gente! E como meu marido fala, livro não é para ser lido e, sim, estudado. Ele fala que aí reside a diferença entre quem absorve o conteúdo e se sente estimulado a aplicar o conteúdo e quem apenas acumula livros lidos entra ano e sai ano.

Voilá! Na viagem ao Pará no fim de ano escolhi apenas um livro, porque vamos combinar, difícil manter a disciplina em período de férias e eu falo exclusivamente por mim. No final, deu tudo certo e o livro escolhido foi Essencialismo: a busca disciplinada por menos, do escritor Georg McKeown.

O livro é direto, fácil de ler, didático e instigante. O autor tem como objetivo compartilhar a boa nova que passou a aplicar em sua própria vida, na busca por tempo de qualidade e menos estresse. Fui atraída por esse propósito e mergulhei na leitura.

Georg faz uma analogia interessante com um armário de roupas, aquele que todo início de ano a gente promete que vai organizar e tornar mais leve e ainda que façamos, nos meses seguintes enchemos novamente com roupas que compramos e outros acessórios, em um ciclo vicioso alucinante que nunca acaba.

O livro é dividido em quatro partes:

I – Essencial: aqui o autor se propõe a explicar e a esmiuçar o conceito de essencialismo e sua mentalidade básica. Aqui especialmente o que chamou a atenção foi exatamente o fato de que evitamos dizer NÃO às pessoas e a situações que tememos trazer perdas na carreira e na vida.

II – Explorar: aqui Georg diferencia o que é trivial do que é essencial, ou seja, aquilo sem o qual não podemos viver e aquilo que tranquilamente não nos prejudicará se declinarmos. Os principais exemplos são relacionados ao que pode roubar o tempo de qualidade que se tem com a família e consigo mesmo, para realizar sonhos que são importantes, em busca da afirmação em questões profissionais que podem ser adiadas ou recusadas sem nenhuma culpa.

III – Eliminar: nesta terceira parte, é apresentada uma forma aplicada pelo próprio autor a fim de que aquilo que não é importante seja eliminado, da mesma forma que os obstáculos internos (aqueles mesmos que nos sabotam sem que percebamos) também sejam vencidos e de forma gradativa. A principal lição que pude extrair desta parte do livro foi a de que erramos ao querer mudar radicalmente todos os péssimos hábitos e todos os problemas que nos impedem de concluir nossos projetos. Ele diz exatamente o contrário: eliminar lentamente, um a um, até que possamos nos sentir mais leves e o trabalho, mais fluido.

IV – Executar: aqui ele fala sobre como podemos caminhar rumo à construção de bons hábitos, criar uma rotina saudável de vida para nós e naturalmente sentirmos desejo em não abraçarmos mais nada que possa nos afastar de nossos objetivos. Aqui ele cita Charles Duhigg, autor do best-seller “O Poder do Hábito”, a partir do esquema deixa-rotina-recompensa. Esse ciclo permite que possamos concluir tarefas das mais simples às complexas, até que isso entre em nosso modo de piloto automático e possamos fazer de maneira natural e sem esforço lógico algum.

Além disso, no livro ele fala da importância do conceito de tempo (khronos e kairós, terminologias gregas para o tempo cronológico e o tempo de qualidade). O que fica na vida das pessoas que amamos e nas nossas é o tempo kairós e sua qualidade, a partir de nossa presença e dedicação ao que é realmente importante, especialmente as pessoas de nossas vidas.

E algo que amei aprender no livro e que de agora em diante vou levar para vida: existem pessoas multitarefa SIM. Sim!! Existem, pois podemos jantar e assistir TV ou limpar a casa enquanto ouvimos música. Mas multitarefa é diferente de multifoco.  Embora sejamos multitarefa, ainda não desenvolvemos a capacidade de sermos multifoco, uma vez que só conseguimos focar em algo por vez.

Experimente dividir energia em vários projetos grandes ao mesmo tempo e aguarde o resultado. Eu falo para vocês por experiência própria: foquei em três ações importantes no ano passado e ainda não concluí nenhuma. Se aprendi a lição? Certamente sim. E ter escolhido este livro para começar o ano só selou o meu aprendizado e me auxiliou na organização do planejamento do ano.

Espero que tenham gostado e se interessado em ler o livro. Vale muito a pena!

014/365

Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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