No trabalho e na vida
Amigos leitores,
Este texto faz alusão às pessoas e ao que elas trazem de benefícios à nossa vida e à nossa jornada de trabalho. Primeiro foi Geilze, chegara antes de mim e parecia a pessoa mais segura naquele ambiente, totalmente novo e desafiador para mim. O ano era 2014, pouco após minha filha completar um ano de idade. Geilze vinha vestida adequadamente para o trabalho. Chegava cedo, com sorriso no rosto, muito profissional e nunca faltava. Em dias de reunião de comitê, ela vinha com blazer e coque alinhado. Era a visão da profissional com a qual eu sempre quis trabalhar. Passou tão rápido quanto o tempo na cidade grande. Formou-se. Deixou muita saudade. Conquistou espaço. Há pouco mais de um ano recolocou-se como assessora de confiança de um dos empregados da nossa equipe, em seu negócio.
Depois vieram Eva, minha pequena Eva, e Layanne, minha dupla favorita. As últimas da antiga graduação em secretariado do IESB. Eram imbatíveis juntas e com Eva aprendi que podemos morrer de qualquer coisa nesta vida, menos de tédio. Isso jamais aconteceria na presença delas. Depois vieram Maria Cristina (a minha querida Cris, aluna, parceira de trabalho e eterna amiga), Karenn (com dois enes), Maria Eduarda, João Lucas, Wallace e, por fim, Katerynne. A doce Katerynne.
No dia da entrevista nos abraçamos com o olhar, como quem já conhece a outra alma ali na morada do corpo alheio. Katerynne fala bem, com doçura e firmeza, é segura e muito educada. Tem olhar muito sereno e é uma pessoa de emocionalmente equilibrada. Ela trazia paz ao ambiente, a presença dela me trazia conforto e segurança. Eu sou “fogo na roupa” e pouco habilidosa com tarefas que exigem muita concentração e que me deixe sentada por horas no mesmo lugar. Eu sou movimento puro. Katerynne é estrategista, observadora e muito boa executora.
Katerynne me conhecia antes de eu conhecê-la, meus textos e meu trabalho com o blog alcançaram seu coração antes de nosso primeiro encontro pessoal. Mudei de unidade. Vi a possibilidade de levá-la. Consegui! Nossa equipe passara a ser de quatro pessoas. Coincidentemente, Vivi e ela nos deixaram no mesmo período. Vivi um pouco antes. Kate se foi. Foi-se do ambiente dinâmico, onde mal temos tempo de nos olharmos, de falarmos da vida, dos sonhos, do futuro. Mas ele sempre chega e nele Katerynne se foi.
Deixou-me com um vazio, com emoções contraditórias: de mãe, de irmã mais velha, de amiga, de mentora, de um ser que simplesmente se reconhece em outro ser. E no último abraço no campo da batalha diária entendi que, na verdade, Katerynne nunca partirá. Ela ficou. Ficou dentro de mim, comigo, na calma que eu preciso ter para fazer o trabalho fluir, na paz dos meus pensamentos, na fé e no amor por Jesus, na maturidade precoce que a pouca idade lhe trouxe. Katerynne não foi, ela sempre estará, assim como todos os lindos corações, braços, olhares e vidas que passaram por mim, na expectativa de aprenderem algo sobre o Secretariado.
Ao, fim, descubro que quem aprendeu fui eu. Aprendi tanto que a cada nova experiência sempre me fortaleço. E sim, não me apego a cardápios, a sabores, a aromas, tampouco a lugares como me apego a pessoas. No fim, é tudo de mais valoroso que Ele criou. Estar sozinho tem seu valor, mas não se engane: lugar nenhum nesta galáxia teria beleza suficiente para ser vista por dois olhos apenas. Não nascemos para sermos sós, embora seja bom estarmos sós às vezes. Mas somos seres sociais, relacionais. A vida continua sempre, mas as pessoas que vem e vão enriquecem a nossa estrada para todo o sempre.
90/365
Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.
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