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Dando as mãos: lições sobre importância do trabalho em parcerias

Amigos leitores,

Por muitos anos tenho vivido com o fruto das boas relações que tenho cultivado. Isso significa que em meio à parte da minha vida nômade, me vi diante do desafio de conquistar pessoas, espaço e respeito, não pertencendo originalmente ao novo lugar ao qual estava inserida.

Isso aconteceu quando morei em Belém do Pará, depois no Rio capital e, finalmente, na capital federal. Compreender como gira a roda da vida em um novo lugar é, sobretudo, ser especialista em pessoas e saber como tocar a vida de cada uma delas. De tudo o que tenho construído e vivido (e não falo sobre patrimônio material, que não tem relevância nenhuma), sinto felicidade em ter um jeitinho todo meu e especial de alcançar almas e corações.

Portanto, é com muita alegria, um imenso prazer que sinto, ao poder compartilhar com vocês neste espaço do meu blog um texto que fala exatamente sobre dar as mãos, sobre unir-se a quem vibra na mesma frequência e, por fim, sobre o poder de estabelecer parcerias. Com vocês, o profundo e tocante texto da minha querida amiga Michelle Soares:

A proposta deste texto é refletir e organizar ideias acerca do trabalho em parcerias. É um texto escrito em
primeira pessoa, já que vou relatar experiências e expectativas com relação ao que já conhecemos. Não só de maneira técnica e profissional, mas também de forma humana e sensível por meio do reconhecimento do outro.

O título deste artigo foi escolhido ao pensar com quem eu interagi ao longo da formação secretariado executivo, levando-se em conta que ainda estou em processo de formação e assim pretendo continuar. No meio de tantos profissionais que atualmente trabalham em prol do secretariado (coisa bonita de se ver), decidi mencionar quem contribuiu com a minha prática profissional, mesmo sem perceber.

Vamos começar! Há cerca de oito anos o secretariado não era discutido como hoje. Poucas pessoas se interessavam pela docência e menos ainda em criar conteúdos. Vivíamos em pequenos grupos, cada qual realizando um pouquinho. É nesta época que conheci o blog “Secretariar é uma arte” da Simara Rodrigues. O blog começou em julho de 2010 e eu tinha acabado de entrar como servidora na Universidade de Brasília, no cargo de Secretária Executiva. Também estava na docência há poucos meses. Era o início e a Simara me estimulava, fazia sonhar, ler e acreditar (tudo virtualmente, porque eu nunca a havia conhecido pessoalmente). Um dia, neste mesmo ano, fui ministrar um curso de secretariado prático e a professora regente me perguntou: “você conhece a Simara da Upis?” – na época ela trabalhava nesta instituição. E eu respondi: “Conheço”. Eu não menti, havia lido tudo, conversado mentalmente com ela, então valia.

Neste dia cheguei em casa e mandei uma mensagem tímida no blog e sabe o que aconteceu – ela respondeu…uau. Pronto, tratei logo de me aproximar, “porque é perto dos bão que a gente fica mió”. Não me lembro exatamente quando saímos a primeira vez, mas foi ótimo, com muitas ideias e planos. Já fui às aulas e palestras dela e já tive a felicidade de convidá-la às minhas; compartilhamos ideias, textos e visões dentro da área e na verdade a admiro para “caramba” (não consegui outra expressão).

Então, 1ª grande lição: você pode admirar e torcer abertamente por alguém da sua área, não estamos sempre numa corrida por cargos e salários. Respeito e bom senso ainda faz muito sucesso.

Depois, mais recentemente, conheci a Marcela Brito… e que figura. Comecei a observar a produção, a trilha da carreira e como ela se posicionava frente à realidade do secretariado. A achava “cool” frente às câmeras e a admirava, ela já tinha escrito um livro (difícil publicar na nossa área). Vi que ela mostrava seu trabalho e inspirava pessoas a fazê-lo também, muitas vezes, por meio de direcionamentos mais específicos. E neste caso, foi a Simara que me perguntou se eu já conhecia Marcela pessoalmente.

Dessa vez, eu já havia marcado um café com Marcela Brito. Que alegria este encontro, cheio de ideias, motivações e conversas para além da profissão. Marcela te inspira a querer mais. Assim, propus mais, porém só compartilharei mais adiante.

A 2ª grande lição: compartilhe e experimente. As pessoas têm muito a dizer e estas trocas podem ser produtivas no sentido de abrir novas perspectivas para assuntos que você nem acredita que possam ser realizados. Construa pontes e as trilhe sempre que necessário.

Continuando, eu já tinha ouvido falar sobre ele. Não o conhecia pessoalmente, mas o convidei para compartilhar um projeto. O projeto à época não seguiu adiante, porém foi ótimo ter criado laços. Jefferson Sampaio é essa pessoa que chega e o dia fica bom. É como se tudo pudesse dar certo, aquela vontade de se jogar em projetos novos e alçar voos inimagináveis.

3ª grande lição: apoie o outro. Não vai lhe custar e pode ser extremamente benéfico a ambas as partes. O caminho trilhado na área de secretariado me permite sentir orgulho de como a vida se ajeitou e se encaminhou, então 4ª grande lição: é permitido orgulhar-se de si mesmo. Perceba-se como secretário e desde uma tarefa na faculdade a uma grande atuação no trabalho coloque-se perante a sua profissão.

Continuando, neste caminho conheci a Ana Cláudia Lima, dos tempos do Senac. Compartilhamos impressões e sonhamos junto com nossos alunos do ensino técnico. Era bom ouvi-la, cheia de ideias e elétrica. Reconheço na Ana inúmeras possibilidades e sempre a vejo muito disposta.

A 5ª grande lição: preste atenção no seu trajeto, não crie inimizades. Digo isto, pois conheci a Ana no ensino técnico e hoje, anos depois, ainda a tenho no meu rol de amizades. Aproveito aqui, para incentivar a quem está começando a criar um networking positivo, pois vejo pessoas fazendo exatamente o contrário, percebo alguns secretários “mal” vistos, por acreditarem que tudo de errado é culpa do outro. E, além disso, você está nessa profissão, por escolha ou destino a respeite: não adianta falar mal da sua profissão ou da área, às vezes a única solução é você mudar suas perspectivas.

Um dia você é aluno e no outro você é o gestor. Todo mundo é digno de respeito e no ramo do Secretariado as pessoas tornam-se a se encontrar. É uma atividade muito cíclica. Para não finalizar, tenho que citar as duas parceiras atuais: Jackeline Monteiro e Leila Magalhães. Duas secretárias competentes e sérias que saboreiam a docência juntamente comigo. Muito aprendizado e compartilhamentos. Tenho aprendido nesta profissão que as habilidades são inúmeras e as possibilidades infinitas.

6ª grande lição: as pessoas têm muito a ensinar. A sua verdade não é absoluta. Permita-se conhecer o outro. Experimente a escuta ativa.

Chegando ao fim e com o propósito de inspirar, não posso deixar de falar de Rita de Cássia Reis. A Professora que muito me ensinou dentro de uma secretaria acadêmica. Com sua voz imponente e seus conhecimentos me fez apaixonar por essa área mais ainda. Hoje quando a encontro em alguns eventos, tenho a certeza que tive uma mentora e que tenho uma amiga para toda a vida.

7ª grande lição: Permita-se ser ensinado. Muitas pessoas têm a contribuir com sua formação. Não reclame. Aprender é um exercício gratificante.

Por Michelle Soares
Michelle é secretária executiva enquadrada na área de formação como servidora pública na Universidade de Brasília, Coordenadora e Docente do curso de graduação em Secretariado Executivo na Faculdade Projeção e em breve será anunciada oficialmente como membro do Comitê de Secretariado Executivo do Distrito Federal

Pessoas são presentes de Deus! Obrigada, Michelle querida, por este presente em forma de palavras!

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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