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Lá em Pirenópolis

Amigos leitores,

E cá estou eu para compartilhar com vocês um pouco de um lugarzinho que eu já conhecia, mas que tive a alegria de explorar um pouquinho mais nos últimos dias: Pirenópolis, interior do estado de Goiás. O povo de Brasília adora separar, mas a verdade é que o quadradinho chamado Distrito Federal está dentro do imenso estado de Goiás

e nunca entendi porque a galera gosta de deixar clara a separação. Enfim, uma boa questão para conversarmos em outra postagem, não é?

Então, pessoal, família e eu saímos na última sexta-feira, por volta das 16h30 e pegamos a BR-070, ou a Estrutural, para quem mora em Brasília. Depois pegamos a BR-414 em direção a Cocalzinho de Goiás e pouco mais de 20km adiante, você já tem a primeira recompensa do trajeto: a bela vista da Cachoeira Salto Corumbá, que é linda e vale a parada para ver da estrada mesmo. Ali já é destino de muitos viajantes e certamente vale um dia de passeio.

Depois do Salto Corumbá, haverá um trevo, no qual deverá sair à Rodovia GO-225, que dará acesso direto à cidade de Pirenópolis. Esta é uma cidade histórica de Goiás, tomabada como patrimônio nacional e, ali, estarão presentes vários símbolos da colonização portuguesa, a começar pelos casarios antigos (alguns restaurados), belíssimos que nos fazem voltar ao tempo e viver a história pura!

A cidade é pequena e bucólica, portanto, o ideal é passear pelo Centro Histórico a pé mesmo. Já havíamos visitado outras vezes, mas sempre fazíamos o bate-e-volta. Desta vez fomos com Elisa para passarmos o final de semana e, curiosamente, foi a primeira vez que vimos a cidade à noite. E que bela imagem tivemos. Andamos um pouco e aproveitamos para ver Elisa empolgada e correndo pelas ruas da cidade.

Na noite da sexta jantamos num lugar chamado Fundo de Quintal, comidinha gostosa, preço justo e uma apresentação deliciosa do melhor da música brasileira por uma banda local cuja voz principal era feminina. Elisa estreou o meio do salão e dançava todas as músicas e acabou por estimular casais a dançarem também. Uma festa só!

Ao sairmos dali, começava a chover e achamos melhor retornarmos para a Pousada onde ficamos hospedados, bem próxima ao Centro. Aqui em casa não fazemos muitos planos e quando o fazemos não é com muita antecedência… Então, o sábado alegremente ensolarado nos animou e decidimos arriscar um passeio que fizemos juntinhos em fevereiro de 2013: Fazenda Bonsucesso, com uma incrível trilha pelo meio da mata de 1.200m até a última cachoeira e com 5 opções de belas cachoeiras no meio do caminho para curtir o calor e a água geladinha revigorante.

A fazenda é uma graça e o ingresso custa R$ 25 para adultos e crianças até 5 anos não pagam. Entramos e Elisa incorporou o espírito de aventura. Uma animação! Lindas paisagens (verde das matas, azul de um céu muito lindo e o amarelo do sol que esquentava a rota). Paramos logo na primeira cachoeira, onde ela brincou um pouco, arriscou tomar um banho super gelado e onde a convencemos a seguir a trilha. Ela topou!

Fizemos a trilha muito bem e ela só reclamou um pouquinho na subida da última escadaria que daria acesso à última cachoeira, homônima à fazenda. Foi o prêmio por seguirmos 1.200m de trilha com uma corajosa garotinha de 4 anos de idade. Aproveitamos o passeio e só descemos de lá para almoçar. Com criança não dá para inventar moda, então, no retorno, tivemos outra grata surpresa. Paramos numa das ruas mais tranquilas do centro no restaurante Arroz.com, com uma linda namoradeira na janela, e nos sentamos em uma mesinha com uma toalha em estampa xadrez e um vasinho de flores ao centro. Elisa gostou. Mais bucólico, impossível!

Retornamos à pousada e papai preferiu descansar na rede enquanto mamãe e Elisa seguiram o resto da tarde na piscina. Elisa não queria mais sair e só aceitou subir para tomar banho quando dissemos que comeríamos pizza. Como comemos muito pouco, ela fica empolgada com a ideia de comer nesses passeios! Tem um sabor diferente, se torna mais gostoso! Mas papais e mamães, com crianças, sabem que uma manhã de trilha e uma tarde de piscina brincando não poderia render uma saidinha à noite. Deu tudo certo e nas palavras da própria Elisa: “foi um dia perfeito!”. Subimos para banhar, começou uma chuva intensa e pedimos pizza no quarto. Mais gostoso que isso, só dois disso!

No domingo aproveitamos o sol, a piscina, o café da pousada e o sorriso da pequena Elisa. Ficamos lá, aproveitando as delícias do tempo no interior que passa muito diferente do tempo na cidade grande, onde é bom sermos apenas pessoas como somos, de fato, sem nada a mostrar, sem nada a provar. Apenas viver, viver e ser feliz com o que se tem, que já é muito mais do que o suficiente.

E assim, voltamos ao restaurante da Val, a Valdirene, do restaurante Arroz.com, onde comemos no sábado. Porque no fundo a gente gosta é de comidinha caseira, parecida com a comida de mãe, do lugar que parece o quintal da casa da vó e de estar onde quem nos serve o faz com um lindo sorriso no rosto e diz que fica feliz em ver a gente voltar, porque é sinal de que gostamos. Como não gostar? Ou melhor, como não amar?

Esta foi a segunda cidade do ano que visitamos em 2018. Dos planos que não costumamos fazer, conhecer um lugar diferente por mês é o que queremos fazer. Se vai dar certo não sei, mas a gente ama uma aventura, ama fazer as coisas sem muito planejamento, ama dormir agarradinho e ama ser um do outro. Pirenópolis é linda e vale a pena o trajeto. Recomendo a vocês, interioranos ou urbanos, porque paz e belas paisagens fazem sempre muito bem ao coração!!

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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