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A virada de mesa

Amigos leitores,

O assustador bullying que tanto tem levado crianças e adolescentes desta geração a passarem por aquelas que deveriam ser as fases mais inesquecíveis e significativas de suas vidas de forma dolorosa e em muitos casos trágica, tem surgido como um leve pesadelo na vida adulta da geração anterior. Como?

Quando decidi me dedicar a desenvolver pessoas, começando com o trabalho de mentoria e instrutoria de temas que domino, acabei recebendo muito mais do que previa: a incrível oportunidade de ajudar a aliviar dores adormecidas que simplesmente bloqueiam toda a capacidade de realização por meio da baixa autoestima e da falta de autoconfiança.

Quantas situações “inocentes e pueris” de nosso passado, ao nos constranger, foram capazes de nos deixar destruídos por dentro por um período? Quantos de nós conseguimos superar bloqueios com matemática, com leitura, com língua portuguesa, com oratória, com imagem pessoal etc? Quantos foram capazes de compartilhar suas dores e buscar ajuda e apoio com profissionais, amigos ou familiares?

Esses são exemplos muito, mas muito aleatórios e simples perto do que todos nós carregamos na alma. E sabe o que é pior? Menos de três anos lecionando para “adultos” no ensino superior provaram que esse lamentável comportamento não para no ensino médio. Ele prossegue no ensino superior, por inúmeros motivos: recalque, despeito, frustração, insegurança, inveja ou, simplesmente, maldade que, para mim, é sinônimo de fraqueza.

A falta de respeito e postura com relação aos professores, colegas e consigo mesmo causa desastres que, para alguns, poderá ser irreversível, caso nunca tenham a coragem de compartilhar. Traumas e bloqueios, devidamente, devem ser tratados com os profissionais da área da psicologia, com terapeutas, profissionais competentes para este fim. Mas durante o processo de mentoria, eu percebo que demonstrar empatia, atenção e interesse no crescimento do mentorado constrói uma poderosa relação de confiança e segurança, que permite que compartilhem algumas de suas dores, demonstrando consciência da origem de muitas dificuldades para conquistarem alguns objetivos.

É um ato extremamente corajoso dividir as dores e, quando isso acontece, eu me sinto privilegiada, porque uma pessoa ferida e marcada por um bloqueio psicológico que a impede de avançar em determinada área, ao falar de uma situação que no passado a desqualificou, comprova o nível de engajamento desta pessoa consigo mesma e o quanto ela sabe que no fundo existe um potencial enorme a ser explorado e lapidado.

Cada processo, com cada mentorado, é uma oportunidade de crescimento muito maior para mim e que me dá a chance de aumentar meu nível de sensibilização e senso de realidade sob diversos aspectos que contribuem, inclusive, para apurar meu radar para o que está em torno, principalmente, de minha pequena filhinha, que é o ser que de todas as formas tentamos ensinar a se proteger, a se defender e a se amar infinitamente e apesar de todas as coisas.

Mostrar a alguém que ela é suficientemente grande para alcançar o que deseja é ajudá-la no processo de virada de mesa, que vai lhe garantir superação e o resgate da autoestima necessário para que ela brilhe e nunca mais permita que algo ou alguém ofusque ou apague seu brilho interior, o de sua essência, aquele dado pelo próprio Criador. A mentoria também me mostrou que eu mesma sou um exemplo de virada de mesa e um dia, em outro texto, terei prazer em contar como superei alguns problemas relacionados à oratória, autoestima e autoconfiança.

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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