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Da prática à excelência

Amigos leitores,

Na sequência de postagens sobre como escrever bem e melhor, gostaria de compartilhar com vocês mais alguns apontamentos meus sobre este exercício que, neste 2018, tem sido diário para mim. Para escrever bem precisa ser verdadeiro, já começamos por aí. Não se pode expressar aquilo que não faz parte de suas crenças, a menos que você escreva narrativas para contar alguma história e, mesmo assim, sempre haverá a sua verdade impressa em seu texto. Um texto precisa ser autoral, as pessoas precisam ler e precisam enxergar você, suas ideias, ouvir sua voz narrando aquele trecho.

E não existe nenhum grande segredo em torno disso.

Escrever está intimamente relacionado à dividir emoções e experiências nossas com outras pessoas, é uma boa conversa com nosso leitor. O texto bom é aquele no qual você se perde porque se sente capturado pela forma que o autor tem de contar algo. Talvez seja tão desafiador o ato de escrever neste tempo, pois eu costumo comparar um bom texto a uma boa roda de conversa. E como estamos muito tecnológicos, naturalmente nos tornamos superficiais, práticos, rápidos, monossilábicos e preguiçosos para processarmos conteúdo profundo. Alguém aí se identificou? Andamos ansiosos por tudo e nunca concluímos direito as nossas tarefas. Até saímos com amigos, mas raros são os grupos que conseguem interagir do início ao fim sem ser interrompido pelo som de uma nova notificação no app de mensagens instantâneas ou pela ligação de alguém… Ops, ligação? Alguém aí ainda liga?

Nesta vida instantânea, onde tudo é imediato, para ontem, perdemos o prazer de degustarmos uma boa história, de curtirmos o suspense e aquela sensação do que virá depois. Ficou tudo muito automatizado. Um dos segredos para gerarmos conteúdos autorais é a prática textual constante. E prática textual está relacionada a tudo o que eu posso receber que, posteriormente, produz conteúdo. Por exemplo, ler bons livros. Não me refiro apenas aos livros técnicos (esses são obrigatórios para nosso desenvolvimento profissional), mas ler mesmo outros gêneros, romances, ficção, ler em outros idiomas, caso você tenha fluência etc. A leitura nos enriquece quanto ao vocabulário, ideias, conhecimento amplo de mundo, nos permite conhecer perfis das pessoas, por meio de diferentes personagens, e ativa nossa imaginação. Quando você lê, especialmente narrações descritivas, você inevitavelmente cria em sua mente um universo mágico de cores, texturas, sabores. Isso é real!

Além disso, é importante buscar referências de outras pessoas, sair de sua caixa de atuação. Se você é uma pessoa muito técnica e racional, que tal ativar o lado direito do cérebro, que mexe com sua intuição, criatividade e emoções? Matricule-se em um curso de férias de filosofia ou em uma aula de dança de salão. Ah, sobre dança, devo dizer que além de ser uma excelente atividade física, faz muito bem à mente e ao coração. A dança tem sido amplamente indicada como um dos recursos possíveis para auxiliar pessoas em tratamento de doenças como ansiedade e depressão. Da mesma forma, se você é muito criativo e possui dificuldade para se concentrar e ser mais lógico, deve buscar vez por outra atividades que estimulem o lado esquerdo de seu cérebro, ou seja, o lado mais matemático.

Outra forma de fomentar sua imaginação e poder de produção textual é estar…sozinho. Ter momentos em que prevaleça sua individualidade é fundamental para que você saiba distinguir aquilo que você gosta, crê, sabe e teme. Esse exercício traz inúmeros benefícios para aquele que deseja escrever. Como já falei em textos anteriores, preservar-se também é uma forma inteligente de incentivar o escritor que existe dentro de você. Isso quer dizer que você precisa saber quais ambientes não contribuem para que você esteja à vontade. Infelizmente haverá ambientes onde você não se sentirá confortável e você não precisa estar lá.

Da mesma maneira que as conversas que você desenvolve com as pessoas que cercam você devem ser produtivas, carregadas de coisas boas, pois a energia que elas trazem podem nos ajudar ou nos prejudicar profundamente. O meio no qual vivemos também pode não ajudar, portanto, busque estar em lugares que encham você de inspiração e referências positivas, a fim de que você se sinta tentado a falar sobre suas vivências, sobre o que você vê, sobre sua percepção de diferentes pessoas, lugares e contextos. Arrisque-se, invista tempo de qualidade em você mesmo e permita-se expressar aquilo que seus olhos veem e seu coração sente. Escrever é um ato íntimo. Pertence a você, mas quando compartilhamos isso com o mundo, criamos uma poderosa conexão onde passamos a receber carinho e auxílio de pessoas que também, veem e sentem o mundo, mas não sabiam como expandir toda essa emoção. Experimente se expressar!

E S C R E V A!

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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Comentários (1)

  1. Boa tarde Marcela,

    A primeira vez que te vi foi como minha professor na Uninter, na vídeo aula e depois em uma entrevista no Youtube, também relacionada a Uninter. Bom, que te dizer que você e uma das pessoas, que a principio, inspirava profissionalmente, mas agora te admiro e me espelho nas “nas duas” Marcela, profissional e pessoa.

    Grande beijo!

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Marcela Brito - 2009-2021