2016: ano de aprendizado
Amigos leitores,
Hoje é quarta-feira e a última semana do ano chega à sua metade. Nesta última semana eu sempre gosto de fazer uma reflexão sobre o que representou o ano, sobre o que consegui fazer, sobre o que não consegui, sobre o que vivi, sobre o que não vivi e sobre o que restou de aprendizado. Segundo o dicionário, aprendizado significa “experiência inicial do que se aprendeu; prática, experiência, aprendizagem”. Esta palavra experiência resume tudo o que o aprendizado é. A gente só aprende por meio da experiência, seja boa ou ruim, ou seja, a gente aprende vivendo a vida.
Dois mil e dezesseis teve uma energia pesada, sobrecarregou a vida de todos em algum momento. Seja por dificuldades na área financeira, emocional, profissional… Mas aqui gostaria de deixar um breve relato sobre o ano que marca o fim da minha primeira década de carreira. Neste ano, eu me senti mais madura para atuar em várias frentes e, também, para decidir o que eu queria seguir e fazer de verdade. Em suma, parte dessa postura adotada foi resultado de algumas experiências vividas.
Este ano eu me envolvi em algumas frentes, algumas voluntárias que apoiava já indiretamente, e outras que eram parte da minha história de vida e projetos de futuro. Neste ano também eu conheci um pouco mais das pessoas com quem eu me relacionava diretamente, em todas as frentes em que eu atuo. Eu tive como presente essas experiências, essas vivências e cada uma delas me fizeram chegar ao final desses primeiros dez anos de carreira mais madura, mais atenta e mais sonhadora também.
Em 2016 eu entendi que as pessoas, e eu falo especialmente de Brasília, vão fazer o máximo que puderem enquanto você for interessante para elas, de alguma maneira, enquanto você for esteio, degrau ou representar segurança e estabilidade. E quando surgirem outras pessoas que ofereçam mais benefícios, você deixará de ser a bola da vez. Eu aprendi que sala de aula (em Brasília) é lugar de trabalho e não de cumplicidade (e isso me decepcionou bastante). Mais uma vez eu tive que lançar mão da interculturalidade.
Eu descobri que minha aparência jovial e jocosa (não que eu seja muito jovem, tenho quase 30… rsrsrs) põe em xeque minha seriedade e eu também resolvi dar de ombros para tudo isso, afinal, não sou obrigada. Aqui em Brasília muitos vivem e fazem de tudo para ter o status quo de alguém que parece ser muito competente, mas eu aprendi em 2016 que a maior alegria é celebrar os momentos mais importantes com os amigos que se dispõem a estarem presentes nas suas alegrias e a ouvirem e orarem por você na sua tristeza. Abri mão de frentes nas quais não acredito mais, nas quais não representam mais uma referência. Aprendi que o maior compromisso que eu devo ter é comigo mesma e, por fim, com os que estarão ao meu lado, se eu for famosa em dez anos ou se ninguém lembrar do meu nome no ano que vem.
Eu descobri que a vaidade pode ser uma erva daninha para os relacionamentos e que o café do fim de tarde de um dia difícil pode revelar aqueles que serão seus amigos até o envelhecer. Estou terminando 2016 com uma série de lições que me tornam hoje mais forte, mais leve e mais realizada. Estou terminando 2016 com a gratidão de quem recebe o presente dos sonhos e ele veio este ano. Deus me deu as pessoas. Elas vieram de várias partes do Brasil, desde o litoral de São Paulo, passando pelo Paraná, retornando com amizades surpreendentes resgatadas de Belém do Pará e chegando a Brasília, que após três anos de residência, me presenteou com pessoas lindas e que eu descobri que só querem estar comigo porque gostam da minha presença e porque querem compartilhar tudo o que se passa em um ano!
Este ano foi de 366 dias, um dia a mais é muito para um ano pesado, mas quer saber, este ano nos ensinou que nossa expectativa talvez tenha sido muito maior do que deveria. Esperar é importante, esperar o melhor, esperar em Deus e esperar das pessoas. Contudo, eu desejo que o ano de 2017 seja um ano de protagonismo, onde possamos esperar sim, mas fazer um pouco mais do que esperar. Convido você a fazer uma limpa, de desapego, de mágoas, de tudo o que pesa, o que desequilibra sua balança. Eu estou terminando fazendo exatamente isso com minha balança de vida e tudo o que experimentei em 2016 foi importante para estruturar e fortalecer meu 2017.
Um super beijo e um abraço bem forte de quem está vendo que 2016 vai embora deixando o sentimento de que aprender é necessário e faz parte do crescimento, que muitas vezes é, sim, doloroso e silencioso.
Marcela Brito sou eu: secretária executiva trilíngue, esposa, mãe, consultora de carreira, empreendedora, escritora, blogueira, professora, eterna aprendiz e uma mente que não para de pensar em construir um bom legado para nós e os que vierem depois de nós.
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