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Caros leitores,

Compromisso firmado, compromisso cumprido. Confesso que o mês de fevereiro foi bastante corrido, pois com o feriado e, no meu caso, a presença de familiares queridos de longe, a rotina mudou para melhor e eu precisei correr com as leituras separadas para este mês. Como havia informado, o primeiro livro lido no mês de fevereiro e o terceiro do ano foi o livro do casal estadunidense Allan e Barbara Pease, best sellers mundiais.

O livro escolhido foi “Desvendando os segredos da linguagem corporal” e me foi emprestado há uns dois anos pelo meu irmão Félix, quando eu morava no Rio. Ou seja, este ano resolvi organizar meu tempo para leitura, ler os livros gentilmente emprestado pelos familiares e amigos e devolvê-los, em seguida, aos seus respectivos donos. Então, aproveito para comentar sobre esta obra super útil e especial para a vida moderna e ferramenta indispensável para quem deseja obter sucesso na carreira.

O livro possui dezessete capítulos, onde em cada um os autores explicam de que maneira nosso corpo fala quando emitimos uma mensagem verbal. Cerca de 80% da nossa linguagem é não-verbal e apenas 20%, verbal. Portanto, embora o discurso seja eloquente e aparentemente demonstre honestidade, o corpo fala muito mais e, dependendo de sua real intenção, poderá impulsionar sua imagem ou trai-lo.

Gostaria de destacar os principais pontos que o livro traz e que podem (e devem) ser aplicados no cotidiano, incorporados à rotina e utilizados diariamente:

1. A força do sorriso: o sorriso, embora intuitivamente todos nós saibamos, possui o grande poder de transmitir uma imagem agradável e atrair pessoas para perto. O sorriso sincero, de “orelha a orelha”, mostrando os dentes emite uma mensagem de que você está aberto a se relacionar e que a presença do outro o agrada e faz bem. O contrário também é verdadeiro. Uma pessoa de expressão mais fechada e que sorri sem mostrar os dentes afasta as pessoas e demonstra uma imagem pouco empática.

2. Os braços: sinais que fazemos com os braços podem revelar facilmente ao interlocutor nosso estado emocional e ajudar ou prejudicar nossa performance em entrevistas de empregos, reuniões ou discursos. Braços cruzados denotam pessoas que estão fechadas ao diálogo, pouco interessadas em interagir, pois é um gesto inato de defesa, já usado nos primórdios pelos nossos ancestrais para se defenderem de ameaças.

3. Detector de mentiras: quem nunca desejou descobrir se está sendo enganado por alguém? Os sinais da mentira são muitos. Com as mãos, expressões faciais, o rosto. Quando uma pessoa mente, ela emite sinais inconscientes utilizados pelo cérebro como tentativa de bloquear a própria mentira. Por exemplo, ao falar uma mentira, a pessoa pode mexer na boca, levar o dedo ou a mão ao nariz como se quisesse impedir as palavras proferidas, mexer nas orelhas, a fim de evitar ouvir a própria mentira. Pessoas com dificuldade de falar olhando nos olhos também são prováveis mentirosos. Além disso, pessoas que falam a verdade geralmente falam gesticulando com as palmas das mãos à mostra, em mais um gesto ancestral demonstrando ausência de ameaça e, portanto, passando ideia de credibilidade.

4. Uso do espaço: quem também nunca se incomodou com aquele colega de trabalho inconveniente que fala se aproximando cada vez mais de você? Os autores relacional as quatro zonas de distância que existem: a íntima, a pessoal, a social e a pública. Quanto mais próxima a pessoa é de você, mais permissão para entrar em sua zona íntima ela terá e quanto mais desconhecida ela for, ela pertencerá à sua zona pública. Quando um desconhecido tenta invadir o espaço da zona íntima de alguém, ele emite uma mensagem de ameaça e coloca o interlocutor em situação de medo, tensão e, até, pânico.

5. Espelhamento: outro exemplo de linguagem corporal é o espelhamento, que é quando uma pessoa começa a reproduzir expressões, olhares, gestos e, até, sotaques, ao conversar com você. Quando uma pessoa faz isso, significa que ela deseja estreitar o relacionamento com você. A ciência também explica o porquê alguns casais se tornam fisicamente parecidos ao longo do tempo, pois a convivência e empatia de ambos fazem com que até os músculos faciais do sorriso sejam os mesmos, o que dá a impressão de semelhança em fotografia, por exemplo.

6. Acessórios e maquiagem: no caso de nós, mulheres, pesquisas indicam que mulheres que usam óculos de grau com armações destacadas e maquiagem transmitem uma imagem de autoconfiança, boa aparência, credibilidade e competência. Quanto mais discreto são os óculos e quanto menos maquiagem ela usar, pior sua imagem fica diante do interlocutor.

7. Propriedade: a altura, a postura e a posição da pessoa em relação a outras pessoas e objetos representam o grau de propriedade e territorialidade. Isso é facilmente observado quando vemos casais na rua, que andam de mãos dadas enviando a mensagem de que um parceiro “pertence” ao outro, espantando a concorrência. Quando vemos também homens se apoiando em veículos estacionados ou com os pés sobre a mesa do escritório. Todos esses são sinais de poder, autoridade e propriedade.

O livro é muito rico e passa muitas informações detalhadas e todas baseadas em pesquisas em vários lugares do mundo. Além disso, os autores ressaltam que a linguagem corporal também está intimamente ligada à cultura, portanto, precisa ser avaliada de acordo com o contexto e particularidades de cada pessoa, pois um mesmo gesto pode parecer agressivo ou defensivo, dependendo da região onde é praticado.

Espero que tenham gostado!

Marcela Brito sou eu: secretária executiva trilíngue, esposa, mãe, consultora de carreira, empreendedora, escritora, blogueira, professora, eterna aprendiz e uma mente que não para de pensar em construir um bom legado para nós e os que vierem depois de nós.

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