Coração humilde, profissional de sucesso
Queridos leitores,
Um de meus assuntos preferidos em relação à gestão e comportamento profissional está baseado no tema humildade. Eu não consigo dissociar sucesso ou ascensão na carreira de um coração humilde. Vivemos em um tempo de muita competitividade e gestão do conhecimento. Quem detém a informação sai na frente em praticamente qualquer circunstância. Nunca me esqueço da frase de uma grande amiga professora, “você não precisa ser o maior, mas você tem o dever de ser o melhor”. Ela queria dizer que não importa se você é o maior em termos de posses, de você tem mais ou menos dinheiro, mas nossa dever é buscar a excelência em nossa área de atuação.
E para conseguirmos atingir a excelência e o domínio em algum segmento existem alguns passos imprescindíveis e todos eles passam pela forma como nos colocamos diante das situações e pelo nível de humildade que temos ou aprendemos a ter. Percebo que quanto mais jovens somos, mais difícil fica dar ouvidos a profissionais mais experientes e, na maioria das vezes, essa resistência vem pelo choque de gerações e pelo ritmo com o qual conduzimos nossa vida altamente tecnológica e nossos relacionamentos cada vez mais virtuais.
Aqui repasso algumas dicas que considero importantes nesse processo de consolidação e crescimento na carreira. Sem dúvidas, toda e qualquer pessoa que passe pela nossa vida tem algo a nos ensinar, nem que seja como NÃO fazer determinada coisa. Vamos lá:
1. Mente aberta – Antes de tudo, é importante que tenhamos a mente e o coração abertos para o que as pessoas nos dizem. Elas podem não ser donas da verdade e quem em algum momento disse que nós somos? Saber ouvir com boa vontade o que as pessoas tem a dizer serve para, no mínimo, avaliarmos se será necessário aplicarmos em nossa vida ou não.
2. Mansidão – Eu mesma sou uma pessoa que estou em constante aperfeiçoamento, uma vez que tenho um perfil impulsivo e de atitudes reacionárias em algumas situações, o que depõe muito contra mim. Saber ter calma e paciência para entrar em um debate ou discussão ensina que temos o nosso ponto de vista e o interlocutor tem o ponto de vista dele. Por serem de naturezas opinativas, nenhum desses pontos de vista está isento de erros e equívocos. Ter mansidão demonstra sobriedade, equilíbrio e maturidade profissional.
3. Coração humilde – Um coração humilde é aquele que está sempre disposto a receber lições das pessoas com as quais interagimos no trabalho, nos meios sociais ou familiares. Aquele que possui um coração humilde entende que toda e qualquer pessoa podem nos ensinar algo valioso, até mesmo quem a gente menos espera. Sabe aquela pessoa que muitas vezes consideramos fútil ou sem noção da realidade? Acredite, ela pode, em cinco minutos, ensinar alguma lição da qual você jamais se esquecerá ou, nos momentos mais apropriados, se lembrará.
4. Posição de aprendiz – Quando nos colocamos na posição de eternos aprendizes, as pessoas que detêm muito conhecimento se sentem muito mais à vontade para nos repassar informações e para nos ensinar noções de vida, trabalho e carreira. Além do mais, quando você utiliza o princípio filosófico de Sócrates (‘só sei que nada sei’), inconscientemente você treina seu cérebro a se abrir a novos conhecimentos e recebê-los de todas as pessoas. Até os maiores especialistas em suas áreas aprenderam (e ainda aprendem) com alguém.
5. Posição de mentor – Sem dúvida, eu coloquei esta última dica no fim desse processo, pois obviamente após ter aprendido a agir das quatro formas citadas acima, nada mais justo e humano do que você também ter prazer e disposição para passar adiante ensinamentos que você acumulou e aplicou ao longo da vida. Tanto os que deram certo quanto os que não deram, permitirão que você desenvolva uma experiência que é só sua e que seria maravilhoso que outros pudessem compartilhar e aprender com você.
Portanto, tente pensar mais dessa forma e você notará o quanto as coisas começarão a mudar na sua vida profissional e o quanto você se tornará uma pessoa muito melhor, mais preparada, mais humana e mais moral e socialmente evoluída.
Por Marcela Conceição Brito