E quando acaba o amor?
Caros leitores,
Eu costumo afirmar que emprego é como casamento e, um pouco diferente do que eu penso sobre relacionamentos saudáveis entre duas pessoas, acredito que nós, como profissionais devemos permanecer em busca do que nos faz bem, do que nos completa e do que nos impulsiona a sermos melhores. Concordam? Se você está com sintomas de amargura, decepção, desilusão e, até, revolta pelo contexto laboral onde você se encontra, não tenha dúvidas: o prazo de validade já se foi.
Em um relacionamento entre duas pessoas, existe um período precioso de conhecimento, convivência e contato com o outro. Claro que ambos os lados se esforçam nesse período (namoro) para agradar ao outro, deixá-lo feliz, fazer-lhe pequenas surpresas e manter a chama do amor viva. Muitos casais, depois do altar, parecem se esquecer da importância desses pequenos atos de afeto e amizade pelo parceiro no dia-a-dia, o que começa a causar chateações, aborrecimentos e desgastes por pequenas coisas.
No relacionamento profissional esse processo, com muita frequência, ocorre e pode gerar dois tipos de reações: a primeira é o comodismo. Tudo o que o chefe, o colega ou o subordinado fazem que desabone sua conduta dentro da empresa começa a ser ignorado, no intuito de “evitar” problemas e garantir a paz corporativa. Empregados agem com insubordinação, gestores com extremo abuso de autoridade e sarcasmo e colegas de linha com falta de respeito e de educação.
Mas para quê mexer em casa de marimbondo, não é? “Deixa o Fulano, ele sempre foi assim, mas no fundo é um cara gente boa”. Esse tipo de mentalidade é comumente visto em repartições públicas e não adianta dizer que está mudando. Acredite em mim: infelizmente não está. Esse comportamento é comum por várias razões, mas acho que a principal delas é o fato de a grande maioria nunca ter tido uma experiência na iniciativa privada.
O resultado são aspones que com o tempo e a tão bem justificada estabilidade se tornam covardes e desistem de se realizar profissionalmente. Ainda somos 97% do total de profissionais que continuam na zona de conforto, ou seja, se o amor acabou e você consegue identificar isso dentro de você, faça um favor a você mesmo, à empresa e aos que rodeiam você: tome uma atitude de coragem e busque sua realização imediatamente!
Por Marcela Conceição Brito