Gestão para pessoas
Caros leitores,
Em meio às minhas reflexões, estudos e observações quanto à maneira ou modus operandi de se relacionar com as pessoas no trabalho e, até mesmo, em sociedade. As tecnologias de informação e comunicação (TIC) proporcionaram uma verdadeira revolução na rapidez com a qual nos comunicamos e também solidez (ou não) dessas relações.
É interessante pensar o que as novas tecnologias geram na sociedade em relação às novas posições criadas e às novas identidades, como já diria o espanhol Manuel Castells. As pessoas criam redes de relacionamento intensas e muito grande (em número de “amigos” e “seguidores”), porém aos poucos começamos a perceber os resultados desse envolvimento aprofundado às redes sociais virtuais: a desumanização das pessoas e a superficialidade nas relações.
Esse panorama causa impacto especialmente no ambiente de trabalho. Hoje quase todo mundo possui um perfil em alguma rede social, mas mal fala pessoalmente com o colega com quem interage nessa mesma rede. É como se as pessoas recriassem um outro ambiente em meio virtual, onde elas falam o que elas pensam, onde elas criam outras identidades (fakes) e onde elas acreditam ter lugar de poder.
E, assim, vemos problemas de relacionamento na comunicação entre gestores e colaboradores, entre colegas de sala, entre colegas de departamentos diferentes e entre as pessoas em si. Estamos avançando nossa participação social em meio virtual, ao passo que cada vez menos nos envolvemos no mundo real com as pessoas de verdade. De repente temos um desafio à frente para um conceito de gestão, não mais de, e sim, para pessoas.
Vamos tentar?
Ótima quinta-feira!
Por Marcela Conceição Brito