Santiago do Chile
Queridos leitores,
hoje eu pensei em falar sobre uma experiência linda que tive no meu trabalho no início desta semana, mas resolvi deixar para amanhã, já que ontem meu marido redigiu um texto sobre nossa viagem de lua-de-mel para ser aproveitado numa coluna do informativo da empresa onde ele trabalha. E que linda surpresa eu tive quando, ao receber o texto para uma leitura de revisão rápida, vi quantos detalhes ele citou, nomes de lugares por onde passamos e objetos que vimos, que talvez eu mesma ao escrever um texto sobre essa viagem especial, não conseguiria expressar tamanho contentamento, gratidão a Deus e emoção por esta nova experiência.
Também quero aproveitar para manifestar o quão feliz, satisfeita e orgulhosa fico de meu esposo, por ver que lindo talento para contar histórias e habilidade de redigir ele possui. Mas, chega de conversa e vamos ao texto lindo dele sobre Santiago do Chile.
“Minha primeira vez em Santiago foi por conta de minha lua-de-mel. Meu casamento foi em Belém-PA no dia 08/09/2012. Viajamos no dia 09, de Belém até o Rio de Janeiro, e na segunda, dia 10, voamos até Santiago.
Em Santiago, ficamos no bairro Bella Vista, um bairro residencial e muito tranquilo, colado ao centro da cidade. O hotel (Bella Vista Travel Suites) ficava próximo ao Cerro San Cristóbal e, da janela, era possível contemplar a Cordilheira dos Andes.
A cidade nos surpreendeu muito, pois sabíamos que era uma das principais metrópoles da América Latina, porém a cidade mostrava uma atmosfera mais tranquila, mesmo com o trânsito intenso se ouvia poucas buzinas e ruídos. Santiago também vivia um momento nacionalista muito forte, uma vez que os festejos de Independência se aproximavam. Pelas ruas não se via sujeira alguma e os carros e as fachadas de prédios estavam repletos com as cores da bandeira chilena: vermelho, branco e azul.
Os taxis lá são baratos e o sistema de transporte coletivo parece ser muito bom, não chegamos a utilizar o ônibus, mas andamos no metrô e foi bastante tranquilo, porém não andamos em horário de pico. Ainda assim, andamos bastante pelo centro e por lá conhecemos vários cartões postais: Palacio da La Moneda (sede do governo do Chile), Universidad de Chile, Biblioteca Nacional, Museu Histórico Nacional, Plaza de Armas (marco zero da cidade), Cerro Santa Lucía, Museu Nacional de Bellas Artes e Estação Central do metrô.
Bem próximo ao centro, também visitamos o Cerro San Cristóbal (de onde se tem uma vista completa de Santiago e, também, da Cordilheira) e o Zoológico da cidade, que fica na entrada do Cerro. Também andamos bastante pela Avenida Pedro de Valdivia e por lá pudemos ver o quanto os chilenos conseguem viver pensando no futuro e preservando sua história. Nesta avenida, também vimos um grande número de universidades.
Em Santiago, também visitamos o Shopping Center Parque Arauco (um dos maiores da América Latina), um lugar muito bonito com uma enorme área de restaurantes em sua entrada.
Em um dos dias da viagem, aproveitamos para conhecer as cidades de Valparaiso, cidade histórica que preserva em quase sua totalidade o passado. A cidade portuária é sede do parlamento chileno e lá é possível visitar uma das casas do poeta Pablo Neruda e ver em operações os antigos trolebús (ônibus elétricos da década de 1950). No mesmo dia conhecemos a cidade Viña del Mar, cidade banhada pelo oceano pacífico. Viña é vizinha a Valparaiso, porém as duas cidades são bastante diferentes, enquanto uma preserva o passado, a outra faz questão de ostentar seus prédios modernos e restaurantes. Lá em Vinã também pudemos ver, ainda que de longe, leões e lobos marinhos às margens do Pacífico.
Em outro dia, resolvemos conhecer o Valle Nevado, a principal estação de ski do Chile. O Valle fica localizado na Cordilheira dos Andes, a 45 km de Santiago. Apesar da curta distância a ida até lá é demorada, pois é necessário subir a aproximadamente 3100 metros de altitude (O Valle está a 3600 metros de altitude e Santiago a 500 metros) e contornar um alto número de curvas.
Apesar da neve, o clima estava muito bom e com um sol de rachar. O lugar possui hotéis, restaurantes e lojas com artigos para ski, uma estrutura completa para quem vai com o intuito de apenas esquiar. Lá não podemos pisar na neve, pois o acesso estava liberado apenas para quem estava com equipamento de ski. Como o preço do aluguel do equipamento estava alto, resolvemos não arriscar.
Porém, na van da empresa de turismo que nos levou até o Valle havia mais dois casais de brasileiros, conseguimos convencer o motorista a nos levar até a estação El Colorado, onde era liberada a entrada na neve. Depois do primeiro contato com a neve, não contivemos a vontade e, como lá os preços eram melhores, alugamos pranchas de snowboard para aproveitar ainda mais a neve.
Este é um breve resumo da viagem a Santiago, um lugar onde pretendo voltar muitas vezes.”
Texto de Victor Marcelino Brito