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Projetos culturais

Queridos leitores,

se existe uma coisa que realmente muda o clima organizacional de uma companhia é o nível de motivação dos seus colaboradores. Bom, vamos combinar que até aí não há novidade alguma,porém, a novidade é exatamente o que pode motivar os colaboradores. Fazer algo novo, diferente e, inclusive, que destoe dos objetivos diretamente relacionados ao trabalho é o que pode tornar o clima organizacional mais leve, mais agradável.

Há uns cinco ou seis anos, quando ainda era universitária, eu li uma matéria da revista Você S/A que mostrava o crescimento de negócios voltados a promover encontros semanais de executivos para discussão de filosofia, literatura e artes. E passei uns dias me perguntando como um executivo (que mal tem tempo para seu próprio trabalho) poderia se dedicar a estudar filosofia…

A resposta veio depois que passei de estudante a profissional: a necessidade de “respirar” em meio às pressões do trabalho e dos compromissos diários e sempre muito desgastantes. Às vezes faz bem poder gargalhar sem se preocupar com as regras de etiqueta ou poder expressar uma opinião sem a tortura iminente do julgamento. E, mais que isso, é poder ser mais a gente mesmo, ser mais humano, ser mais livre e mais leve.

Empresas que decidem investir tempo e dinheiro em projetos de cunho cultural e artístico se comprometem com o bem-estar de seu capital mais importante: o humano. Lição número 1 das disciplinas de Administração e Negócios na faculdade: empresas só existem porque há pessoas trabalhando por um objetivo. Mas ninguém lembrou de dizer que o caminho até a realização desses objetivos poderia ser mais interessante.

Falando às claras, o taylorismo* não deu certo como proposta metodológica aplicada às indústrias exatamente porque via o empregado como uma ferramenta específica humana em meio a um processo mais complexo (especializando-o em uma determinada tarefa – infelizmente isso ainda é praticado em algumas organizações). Não deu certo antes e nunca dará. Pessoas precisam de alegria e precisam entender a importância de participarem de um processo. Além disso, não há nada mais estimulante do que aprender a fazer uma coisa nova.

Gestores, sejam criativos e não tenha medo de ousar. Trazer momentos de liberdade e aprendizado de outras áreas, especialmente as filosóficas e artísticas, pode ser uma simples estratégia que vai tornar a sua empresa e os seus negócios referência no mercado. E sem grandes investimentos financeiros: pense nisso!

*Taylorismo: modelo de administração científica desenvolvido por Frederick Taylor e difundido na primeira metade do século XX. Baseava-se na racionalização do trabalho e na divisão de tarefas entre os empregados.

Por Marcela Conceição

 

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