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Submisso ou passivo?

Olá, profissionais!

Hoje pensei bastante em um contraponto que vez por outra nos pega de surpresa no local de trabalho. Existem alguns conceitos mal interpretados e mal compreendidos por muitas pessoas, inclusive as esclarecidas. Todas as organizações precisam de hierarquia para funcionarem. Em casa, na condição de filhos, respondemos e devemos satisfação aos pais, na sala de aula ao professor, na igreja ao sacerdote e por aí vai.

As organizações não são diferentes e a hierarquia é uma das maneiras mais comuns de se ordenar os processos e facilitar os fluxos de trabalho. Mas até onde isso realmente funciona? Todo mundo em uma empresa necessita prestar contas do que faz a alguém, que também prestará contas a outro alguém e o ciclo nunca acaba.

Embora todos saibam disso, o dia-a-dia revela outra realidade. Ser submisso a alguém não implica em ser passivo. Gestores e corporações anseiam por cabeças pensantes e lideranças que possam dar prosseguimento ao projeto maior de conduzir os negócios e garantir retorno positivo do mercado. Mas como isso pode dar certo se os profissionais têm medo de defender uma ideia contrária à do chefe?

Submissão é diferente de passividade. Ser submisso é demonstrar e praticar respeito ao conhecimento, posição e ações do gestor que lidera você. Esse comportamento reflete seu caráter pessoal e seu profissionalismo. Contudo, há momentos que em algumas ideias devem ser apresentadas ainda que sejam diferentes das ideias propostas pela liderança. Entenda que você está em uma empresa para contribuir para seu crescimento e reconhecimento. Calar-se quando se conhece os problemas que a empresa enfrenta e omitir-se e recusar-se a ser o retorno que a organização esperava.

Você é responsável por contribuir e somar, mas o poder de decisão não estará com você, portanto, seja firme, autêntico e defenda o que acredita estar certo, porém tenha consciência de que o seu líder deverá decidir e dizer que suas ideias serão ou não aproveitadas. Se forem aproveitadas, ótimo, pois você conseguiu ser ouvido. Se não forem, o problema deixa imediatamente de ser seu.

Passividade pode impedi-lo de crescer e, pior que isso, pode diminui-lo. Pense com cuidado!

Por Marcela Conceição

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