A realidade por trás das câmeras
Amig@ leitor(a),
Na última semana, já a caminho da conclusão de mais um semestre no mestrado (encerro a metade dele em junho), vivi uma experiência muito rica e poderosa. O mestrado tem sido por si só uma vivência transformadora, que tem me voltado a questões essenciais da minha atuação como profissional e mais ainda como cidadã.
Toda a minha vida escolar (com exceção do último ano do ensino médio) e acadêmica foi trilhada no ensino público, o que me torna diretamente responsável por devolver de alguma forma à sociedade o investimento que recebi. Na quinta-feira estivemos no campus Recanto das Emas do Instituto Federal de Brasília. Recanto é uma das cidades do Distrito Federal.
Tivemos aula no primeiro momento e em seguida fizemos a visita técnica ao campus, guiados pelo Diretor do campus e a coordenadora do curso de audiovisual, que é o foco de atuação desse campus. Lá recebemos muito mais que fomos buscar.
Conhecemos a história do espaço físico, como foi cedido para o Instituto Federal de Brasília e, especialmente, como o curso tem moldado a realidade da comunidade local e como a formação em audiovisual tem atribuído autonomia profissional e identidade cidadã aos estudantes.
Ao ouvir a história do itinerário formativo do curso, as produções feitas e a conexão de tudo isso com nossa responsabilidade na condição de alunos do mestrado, pensei no quanto podemos contribuir por meio de nossa pesquisa com um processo de transformação e apropriação cultural dessas comunidades do DF.
Sair do aviãozinho amplia nosso campo de visão, nos faz conhecer os vários ângulos que formam esta Brasília tão simbólica, tão central e igualmente excludente. A visita ao campus Recanto das Emas me fez amar mais o quadrado e compreender que fazer um mestrado não é sobre subir mais um degrau acadêmico, receber uma titulação.
É sobre explorar realidades que ninguém explora, sobre confrontar contextos políticos que ameaçam o processo de esclarecimento e empoderamento social pelas classes dominadas. É sobre ser meio, caminho e elo entre o que eles são e o que podem se tornar.
E esta realidade será revelada por trás de câmeras no trabalho coletivo finalístico da nossa disciplina relacionada à nossa linha de pesquisa, por meio da produção de um curta metragem que contará a história da educação profissional no Distrito Federal antes da instalação da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica em 2008.
É um imenso desafio, especialmente em tempos que se discute no alto escalão do Poder Executivo o extermínio efetivo daquelas disciplinas que ainda podem contribuir para a contra-hegemonia a um sistema cruel e social e culturalmente excludente. Resistir é usar o próprio saber e fazer para promover autonomia!
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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.
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