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Uma banda para aprender

Amig@ leitor(a),

Quero dividir com vocês algumas memórias de adolescência que eu busquei esses últimos dias para justificar minha simpatia pela Língua Inglesa e a forma como a aprendi antes mesmo de frequentar um curso de inglês formal.

Sempre estudei em escola pública e só fui passar pelo processo formal de aprendizagem do idioma na 5ª série do fundamental (não sei que ano seria na equivalência atual…). Sempre procurei nas coletâneas de Good Times do meu pai e em alguns materiais que vez por outra eu encontrava na escola refúgio para aprender o Inglês. Eu já gostava, muito mais pela possibilidade de acessar novas fronteiras do que pelo idioma em si.

Lá pelos idos dos anos 2000, uma de minhas primas tinha um namorado. E eu gostava de conversar com ele. Ele era pagodeiro e numa dessas conversas ela via meu interesse por música internacional e disse que me daria algo de presente. Numa visita seguinte levou CDs de Bon Jovi, Roxette e Eurythmics e disse que era de uma fase rockeiro dele.

Aquilo ali foi um prato cheio. Toda tarde, ao retornar da escola e após fazer minhas lições, meu pai trabalhando e minha mãe atendendo suas clientes com manicure e pedicure, eu ligava o som e enlouquecia ouvindo aquelas músicas. Logo meu apaixonei pela banda sueca Roxette e seu inglês tranquilo de entender.

Os CDs vinham com as letras no encarte e ali eu explorava vocabulário, pronúncia e sentia a mensagem que desejavam passar pela música. Muitas das músicas eram autorais e nostálgicas de infância e adolescência deles e ali eu também me encontrava, descobria a mim mesma, meus gostos e as melodias que faziam meu coração vibrar.

Naquelas letras românticas e carregadas de emoção da década de 80 (outra atração forte que existe em mim) eu aprendia um pouco do inglês e acelerava meu caminho para estar em contato com o mundo que existia além dos limites de minha pequena cidade no sul do estado do Rio.

Anos mais tarde eu exercitaria essa mesma técnica com meu irmão do meio, Félix, que me apresentou a banda australiana Silver Chair e a banda Creed. A melancolia do Silver Chair marcou uma parte da adolescência de introspecção, baixa autoestima e insegurança. Com esta história mostro a vocês que todo aprendizado é acompanhado por um processo. Se não há processo o aprendizado se torna chato e não se efetiva.

Sugiro que descubram em vocês para cada coisa que precisam aprender, de que maneira seria mais prazeroso fazê-lo. Para mim, o inglês começou com o desejo de explorar o mundo e de sair do meu quadradinho, aliado ao mergulho profundo nas letras de uma banda que não é minha contemporânea, todavia imprimiu memórias lindas na história da minha adolescência.

Pensem com carinho e construam seu caminho!

064/365

Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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