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Assessoria no serviço público

Amig@ leitor(a),

Uma das curiosidades que recebi esta semana pelo instagram foi sobre como é a atuação de assessoria executiva no serviço público, ou como é ser uma secretária executiva concursada. Então, vamos lá!

Iniciei oficialmente minha carreira em 2007 em uma empresa pública do estado do Pará. Fiz a prova do concurso e passei. Fique menos de três anos, mas por ter sido a primeira experiência, foi intensa. Lá aprendi a ser uma profissional de verdade, desde começar correndo pro banheiro chorar na hora do aperto, a confrontar uma gestora ruim, até decidi que eu merecia mais e me posicionar. Foi uma verdadeira escola.

No serviço público, se você é competente, bem relacionado e responsável, você trabalha bem mais do que os outros, em termos de intensidade do trabalho (passar horas do dia ao telefone), se preocupar com detalhes que outras pessoas da equipe não precisam e se acostumar com a vida de bastidores. Se der certo, mérito de todos. Se der errado, culpa do secretário. Simples e triste assim.

Depois fui para a iniciativa privada, onde se tem autonomia, respeito (pelo menos onde trabalhei), e celeridade em todos os processos. Tive um mentor que era o meu chefe e que me ensinou muito sobre pessoas e o que é ter sucesso. Então, voltei ao serviço público, desta vez na Universidade Federal do Pará. No serviço público temos dois agravantes: o processo é antiquado. A prova do concurso enaltece o conhecimento cognitivo. Ou seja, se você for mecanicamente inteligente (no sentido mais tradicional e antiquado que essa palavra pode ter), você passa na prova e é nomeado, contratado etc.

Todavia, a prova de concurso não contempla outros fatores que hoje sabe-se que são fundamentais para que o trabalho flua bem. Por isso, quem está do lado de dentro vê muita gente adoecendo, gente imatura e despreparada para o trabalho em si. No serviço público existe muito conflito de gerações, uma vez que os mais jovens precisam trabalhar e conviver com pessoas que estão até aposentadas e não saem…

O ritmo é outro e a legislação pública feita para proteger os recursos públicos de qualquer tipo de ato ilícito, acaba tornando os processos demorados e ineficientes. Isso mata qualquer profissional. Antes de entrar no serviço público, ouvia muita gente comentar que funcionário público não trabalha. Já estou na minha terceira experiência na área pública e ainda não vivenciei o que as pessoas falam. Nem quero!

Por outro lado, atuar no serviço público como assessor executivo permite ampliação da rede de relacionamentos, especialmente se você está em uma área na qual seu gestor tenha visão. Além disso, é onde temos a oportunidade de aprender, identificar gargalos e contribuir para melhorar alguns processos. Podemos não mudar toda a realidade, todavia conseguimos deixar nossa assinatura por meio de um trabalho sério, comprometido e de qualidade. Abraços!

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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