Confiança: atributo base dos relacionamentos
Amigos leitores,
“Maio já está no final. O que somos nós, afinal?”
Com este trechinho de uma canção tao antiga quanto reflexiva da banda Kid Abelha, apresento a vocês o texto de hoje que tem um sabor diferenciado e que traz uma convidada muito querida por mim e que eu sei que muitos de vocês seguem e admiram.
Neste mês de maio convidei um serzinho lindo de luz, que emana brilho e amor e com quem tenho construído um laço lindo de afeto, respeito e amizade desde que nos conhecemos em agosto de 2017 e nos reencontramos em outubro do mesmo ano.
Portanto, deleitem-se com o texto gostoso, em tom de bate-papo, de rodinha de conversa, sobre um tema profundo e muito importante. Espero que gostem. Fizemos com muito carinho para vocês!
Se você tivesse que pensar em uma pessoa com quem você gostaria de trabalhar, qual seria o critério para a escolha?
Se você tivesse que eleger um novo gestor, qual seria o atributo a ser escolhido? Quando penso nas pessoas com as quais cruzei ao longo da vida, com as quais trabalhei e com as quais me relacionei profundamente, sempre encontro uma característica comum em todos esses encontros: a confiança.
Confiança é algo precioso e muito sensível, especialmente em tempos de tanta desonestidade, enganos e em uma nação onde a palavra quase não vale nada. Quase. E esta palavra ainda faz toda a diferença. Neste texto. Nesta conversa. Neste ambiente.
Inspirar confiança parte da premissa básica de respeitar a si mesmo, zelar pela própria integridade, ter cuidado pelo espaço e pela integridade do outro. É o vestir-se com os olhos do outro, como dia desses citou em uma boa conversa minha amiga Cora Lima. A confiança passa pelo autoamor, pelo respeito, pela empatia e pelo caráter.
Vivemos um tempo onde se enaltece o status, a posição de poder, o sobrenome, a pessoa jurídica e, simplesmente, nos damos conta um belo dia que não sabemos quem as pessoas verdadeiramente são, em seu íntimo, em suas dores, em sua vulnerabilidade.
Desejar estar com alguém é ter, minimamente, desejo de ser ninguém menos do que você mesmo. É recorrer em um momento difícil, é pedir uma opinião a algo particular, é ver no outro alguém disposto a estabelecer a mesma relação. Claro que não se encontra alguém assim em cada esquina, no entanto, se você tiver alguém assim, valorize e traga para seu aconchego, insira essa pessoa em sua história. Dia desses a Bianca Rosário, a idealizadora do Manual da Secretária Executiva, realizou uma postagem sobre romper relacionamentos nocivos. Em algum momento, talvez com a maturidade iminente, nos deparamos com a difícil decisão de filtrar pessoas, refinar os círculos e mergulhar em mares de pessoas intensas, reais, com propósito.
E nessa atmosfera compreendemos que o atributo conector dos bons e saudáveis relacionamentos é a confiança.
Para falar comigo sobre este tema, trago alguém com quem construí um laço delicado e verdadeiro de amizade, afeto e boas vibrações: Rosana Pereira, a minha amiga Rô.Você concorda, amiga?
Querida Má, não há como discordar de colocações assertivas e esclarecedoras como as citadas por você nesse texto, se assim fosse, eu estaria descartando o que tanto prezo: o crescimento pessoal, que se dá através da troca e de relacionamentos saudáveis.
Ao falarmos de confiança, o primeiro pensamento que me surge é a clareza sobre a vida. Quando cuidamos do nosso bem-estar físico, mental e principalmente emocional – eliminando dores do passado e tomando as rédeas de nossa vida – temos a possibilidade de nos conectarmos com nossa essência, contribuindo para relações mais leves e com menos julgamentos.
Quando carregamos toxinas emocionais de um tempo passado dificultamos a trilha do nosso caminho, porque esse medo nos impossibilita de seguir, acreditar e principalmente confiar. Mas será mesmo que o mais importante das relações é o ato de confiar no outro? Ou seria confiar em nós mesmos?
No momento em que transferimos algo ao outro, estamos tirando de nós a responsabilidade de enfrentarmos consequências de um sentimento que é nosso. O medo se alimenta do desconhecido, e é algo que ocorre porque direcionamos nosso pensamento no futuro, quando deveríamos apostar nossa energia no agora, porque só hoje é que podemos fazer algo, por nós e pelo outro.
Já deve ter acontecido com você, quando dizem coisas desagradáveis sobre uma pessoa, e quando você a conhece tem uma percepção completamente positiva e boa sobre a mesma. Isso ocorre porque você foi até ela de forma positiva, e quando emanamos o positivo as coisas ali florescem. O mesmo ocorre com a confiança, quando temos coisas internas nossas a resolver, temos que investigar para que a falta de confiança, não seja um reflexo do nosso estado interior.
Quando alguém nos desaponta ou quebra o elo de confiança, o problema não é o que essa pessoa nos fez, e sim a forma como reagimos a isso, e quanto mais clareza tivermos sobre quem somos, mais fácil será lidar com nossa reação.
Isso significa que não temos que nos culpar pelo o que acontece conosco, mas sim escolher não se ofender com a ação do outro. E se algo está acontecendo nesse momento, é um desafio entender o pra que de tudo.
Tudo isso para dizer que a confiança é baseada em escolhas que fazemos. Se você souber quem você é e o poder das relações na sua vida, entenderá de forma mais leve a atitude do outro. Confiar em você é o primeiro passo para confiar no seu chefe, no seu colega de trabalho, na sua família, nos seus amigos. Se algum dia em algumas dessas relações a confiança for perdida, volte para dentro de você, porque certamente encontrará algo florido e honesto aí dentro, que não te permitirá travar, mas te impulsionará a desbravar outras oportunidades, pessoas e relações. Sabe por que? Porque aí dentro está tudo bem! Nada que façamos é em vão, inclusive o ato de confiar no outro, porque você seguiu sua essência e não há nada mais lindo, evolutivo e genuíno do que respeitar quem você é. Cada qual que se responsabilize sobre o que oferece por aí.
E nesta conversa gostosa e colaborativa, queremos que vocês exercitem a autoconsciência dos seus atos sempre que possível e aprendam a se perdoar a partir de situações que aconteceram em decorrência natural dos relacionamentos. Todos temos parte em algo e responsabilidade. Assumir nossa responsabilidade sem o peso do autoflagelo, respeitando nossas fragilidades, perdoando nossas falhas e nos permitindo recomeçar é a chave para construir o maior e mais importante relacionamento que você precisa ter na vida: com você mesmo.
Um super beijo, um lindo feriado para vocês e um ótimo fim de maio!
Marcela Brito e Rosana Pereira
Rosana Pereira é a nossa articulista convidada deste mês de maio: secretária executiva bilíngue há 17 anos, com experiência em assessoria executiva a Presidentes e Acionistas de empresas nacionais e multinacionais e especialista em gestão patrimonial. Como especialista em gestão patrimonial é responsável pela administração de todos os bens do executivo no Brasil e no exterior. Bem como, administradora da estrutura das empresas donas do patrimônio no Brasil e fora do Brasil. No Instagram é autora do perfil @secretarianapratica, elaborando matérias exclusivas afim de contribuir para o desenvolvimento do profissional de secretariado. Atua também como palestrante em eventos direcionados ao profissional de secretariado.
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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.
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