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Amigos leitores,

Quero convidá-los a conversar sobre uma reflexão totalmente minha, que apresentei em minha palestra no Congresso Internacional de Secretariado – COINS, edição 2017, em outubro do ano passado. Minha palestra teve como tema central “Interculturalidade: tendências e perspectivas de atuação para o profissional de Secretariado”. Dentro do conceito essencial de interculturalidade, eu pensei em trazer à categoria uma tentativa de pensar diferente sobre os pilares atuais do Secretariado Executivo e que na prática funcionam já um pouco diferente.

Obviamente que não sou pesquisadora acadêmica para propor algo de tamanho impacto, mas como profissional da área e profissional de desenvolvimento de pessoas, gostaria de abrir o tema para discussão. Confesso que não imaginava que de todos os temas trazidos na palestra, este chamaria tanto a atenção. E o que me deixou mais feliz e grata foi o feedback recebido pela querida Bete D’Elia, uma das maiores referências do Secretariado no Brasil e alguém por quem nutro profundo respeito e carinho. Bete ficou responsável por avaliar minha palestra e eu nunca me esqueço de suas palavras na hora do intervalo, ao me encontrar e abraçar com tamanha emoção e sorrisos, que me deixaram chorosa por tanto reconhecimento vindo de alguém que está nos deixando um dos mais preciosos legados nesta profissão:

“Menina, você é demais! Eu já sabia que você era boa, mas eu não imaginava que tivesse tanta desenvoltura! Eu AMEI sua palestra, não queria sair de lá. E os pilares? Nossa, eu falei para a Walkiria sobre os pilares…” Foi bem nessa linha porque estávamos bem felizes e emocionadas e, eu, muito grata a Deus por tudo o que estava acontecendo ali, e na hora não raciocinei, mas depois a Bete falou mais sobre a questão dos pilares, do quanto era uma visão de futuro coerente que eu tinha colocado ali…

Então, lá vai: para quem não viu, no meu perfil lá no LinkedIn, está disponível para download os slides dessa palestra, para que vejam em detalhes a reflexão sobre uma mudança de paradigma que, na prática e a meu ver, já está ocorrendo. Quando passamos pela graduação aprendemos que a base do trabalho em Secretariado Executivo é formada por quatro pilares e são eles: assessoria, gestão, consultoria e empreendedorismo.

Na minha visão tivemos uma mudança prática, onde o que temos exercitado em meio corporativo e social enquanto profissionais da área é o seguinte:

1. Assessoria evoluiu para Serviço: o assessorar se tornou um serviço fortemente pulverizado em vários segmentos e entregue de várias maneiras, desde o home office do profissional competente que não consegue recolocação formal até os nívels mais sofisticados de geração de resultado e adaptabilidade de mercado vistos por meio do secretariado remoto. Assessorar, mais do que nunca, é servir. Quem não se reconhece nesse ato, nessa atuação, não conseguirá cumprir sua missão profissional com destaque no futuro. Sim, isto é uma afirmativa.

2. Gestão migrou para Liderança: independente do caro, posição ou titulação que seu nome represente no meio corporativo, não há como fazer gestão, nem no básico do cotidiano, tampouco em atividades mais complexas, se você não exerce sua liderança de forma autêntica, comprometida e integrada. Percebam que as evoluções migram para atitudes importantes sem as quais não se pode mais levar adiante um trabalho.

3. Consultoria hoje, no Secretariado, é Mentoria: por favor, não estou subjugando conceitos estabelecidos e reconhecidos por estudiosos da área, mas sim, do ponto de vista de atuação do profissional de Secretariado Executivo dentro e até fora das organizações. A consultoria, ou seja, a domínio sobre determinado tema nunca foi tão efetivo quanto no presente, quando nossa própria capacidade de conduzirmos este trabalho nos empodera para orientar gestores, colegas de trabalhos e futuros profissionais da área. Temos na mentoria uma ferramenta poderosa para mudar a realidade do secretariado no futuro.

4. Empreendedorismo é solução: empreender nada mais é encontrar soluções e fazer o trabalho fluir. Parece que hoje todos nós precisamos abrir um CNPJ e colocar os serviços na rua. E a coisa é bem mais complexa do que parece. Empreender é um ato de força, de fé e muitas vezes de resistência. Não tentemos títulos e posições, mas sejamos solucionadores enquanto estivermos levando no coração esta profissão.

Assim, espero com vocês iniciar um debate para refletirmos sobre mais esse paradigma, entre tantos outros mais urgentes de serem ressignificados. É apenas a tentativa de contribuição para a área que é a base de toda a minha atuação.

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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