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A grandeza em formar um outro ser

Amigos leitores,

Maternidade se tornou um dos assuntos sobre os quais eu simplesmente amo pensar, escrever e conversar. Tudo bem, toda mãe acaba falando dos filhos, isso é natural. Mas honestamente, é um filho, é algo que você fez, que tem parte de suas características, é como perpetuar sua própria existência, é algo fantástico. Creio ser uma boa filha,

mas ser mãe é algo pleno, completo, eu me sinto muito completa e gostaria de compartilhar sobre este tema aqui com vocês.

Nossa geração tem sido desafiada, especialmente as mulheres, e somos rotuladas o tempo todo. Ao declararmos que não queremos casar e ter filhos ou se declaramos que amamos ter uma família e termos filhos. E o pior de tudo é quando isso cria um bloqueio entre nós, as mulheres, quando resolvemos construir um confronto desnecessário entre nós ao invés de anos ajudarmos e nos apoiarmos. Nunca precisamos tanto da solidariedade de um par do mesmo gênero quanto nestes tempos.

Enfim, voltando ao tema principal deste text, nunca me senti tão plena e realizada como agora. Ainda não sei se desejo ter mais um bebê, embora eu tente pensar com visão de futuro e amaria ter dois filhos em casa, mas na situação atual sei que talvez devêssemos pensar melhor. Enfim, as dúvidas são infinitas, porém o sucesso de uma família não se mede pela quantidade de filhos e, sim, pela qualidade dos relacionamentos construídos.

Ter a oportunidade de formar um outro ser é um enorme desafio e uma grande bênção. Quantas vezes na ida teremos a oportunidade de ver uma parte de nós projetada em outro ser? O amor e as loucuras da vida de mãe, sendo mãe e profissional como a maioria das mulheres do nosso país, me trouxeram até a mentoria e o desejo de ver outras pessoas aprendendo e se desenvolvendo.

É algo muito orgânico para pessoas com o meu perfil e o trabalho de mentoria se torna ainda melhor porque eu aprendi muito nestes quase cinco anos de maternidade. Penso em como as empresas poderiam aproveitar mulheres que são mães, uma vez que somos tão capazes de fazermos coisas maravilhosas e ainda manifestarmos uma dose de ternura e tolerância, já que exercitamos isso a cada segundo.

Formar outra pessoa é poder apresentar a ela um mundo real de forma poética, com a possibilidade de dosar o lado negativo, que não precisa ser colocado imediatamente à mesa. É mostrar que é possível viver e fazer coisas boas, ajudar as pessoas, respeitar a autoridade, construir parcerias e amar incondicionalmente a vida, os nossos e nossos sonhos.

Existe um toque divinal na maternidade, que nos torna diferentes, mais inspiradas, mais abertas e inexplicavelmente mais felizes. Há uma satisfação enorme em ver alguém que é parte de sua combinação genética crescer, produzir algo, aprender e deixar algo bom no mundo. Não sei se devo dizer, mas experimentar a maternidade (e seja ela biológica ou adotiva) é uma linda experiência de vida, é a certeza de que jamais estaremos sozinhos, obviamente se como pai e mãe, se entregarem de coração e doarem muito amor. Laços que são criados com base no relacionamento duram uma vida inteira e além dela, em tudo o que deixamos de herança imaterial para aqueles que amamos e formamos.

Um lindo dia!

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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Comentários (1)

  1. Querida Marcela!

    Que texto mais doce! Sou mãe e é maravilhoso me vê na minha filha! Vejo nela coisas que eu levei certo tempo para aprender ou descobrir em mim e ela já nasceu com tal característica. Isso é lindo e admiro!

    Mas tem um ponto no seu texto que me chamou a atenção, “Penso em como as empresas poderiam aproveitar mulheres que são mães, uma vez que somos tão capazes de fazermos coisas maravilhosas e ainda manifestarmos uma dose de ternura e tolerância, já que exercitamos isso a cada segundo.”Esse trecho pode abrir um leque de argumentos e discussões a respeito de mães que amam seu ofício doméstico (educadora, dona de casa, esposa… enfim), mas também adora sua profissão e gostaria de ser reconhecida, acolhida e valorizada no mundo corporativo.

    Mas o ponto chave do artigo não é esse, e sim vermos como a maternidade nos tornar um ser humano melhor e que há um presente Divino nessa missão, gerar e criar um ser humano para que ele possa contribuir para um o mundo melhor.

    Bjus.

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Marcela Brito - 2009-2021