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O quanto você se compromete?

Amigos leitores,

Neste início de ano tenho observado as pessoas com atenção e o que dizem neste período em que muitos ainda estão de férias. Ouço muitas frases do tipo “ah, como eu gostaria de viajar!” ou ainda “quem me dera viver viajando”. Enfim, certamente não sou a única testemunha desses quase desabafos de amigos, colegas, familiares, não é mesmo? A questão mais pontual é uma pergunta que todos deveríamos nos fazer com certa frequência: “o que eu estou fazendo que não está me trazendo os resultados que eu quero?”. Todos nós queremos a sombra, mas quem está disposto a caminhar até

encontrá-la?

O nível de comprometimento que temos com nossas tarefas, com as pessoas que nos cercam e, em primeiro lugar e mais importante, conosco, faz toda a diferença nos resultados que desejamos obter. Imagine se todos os nossos sonhos pudessem se tornar reais. A viagem dos sonhos, a casa dos sonhos, o emprego dos sonhos… E, então, imaginaram? Agora, pensem no que seria necessário fazer para que esses sonhos, de fato,s e realizassem? Pensou? Você certamente teria que começar a repensar ações, decisões e aceitar a ideia de abrir mão de um pouco de conforto, certas mordomias que nos damos o direito de ter em algum momento da vida e, até, de fazer pequenos sacrifícios com foco em algo maior.

Nossa visão de curto prazo e nossa cultura, especialmente no Brasil, de imediatismo e muitos valores sociais invertidos nos impedem de construir uma série de condutas saudáveis e que naturalmente favoreceriam essa caminhada em busca daquilo que tanto almejamos. Aproveitando este exato momento, pegue uma folha de papel e liste várias coisas que você gostaria de realizar e pense no quanto isso custaria a você em termos financeiros e em tempo. Agora, estabeleça um plano para conseguir fazer isso. Poupe um pouco aqui, mais um pouco ali, corte gastos com o que não é exatamente essencial e foque naquilo que você quer alcançar.

O conceito de supérfluo pode mudar de pessoa para pessoa. Para uma família de classe média comer fora todo final de semana certamente não é algo tão essencial. Em momento de mais recursos disponíveis, talvez seja possível manter este hábito, no entanto, em momentos como o que vivemos no país atualmente, a prioridade muda e, consequentemente, os conceitos de essencial e supérfluo. Conquistar outros patamares pode ser mais simples do que se pensa, mas não é fácil, se considerarmos que a cada passeio no shopping, ficamos tentados a comprar um novo par de sapatos ou a calça da moda.

Este tipo de comportamento que adotamos está relacionado à nossa mentalidade e é difícil mudar, porque isso é reflexo de uma cultura na qual fomos formados, educados, desenvolvidos. Se tivemos uma família de cultura consumista, teremos a inclinação a nos comportarmos dessa forma (claro que há exceções). Da mesma forma, se nascemos em uma família mais controlada, racional com recursos, também teremos maior tendência a adotarmos esta postura quando adultos. A boa notícia é que em qualquer tempo podemos evoluir, melhorar e aprendermos a trabalhar a nosso favor e não contra nós mesmos. Imagine que a cada saidinha de final de semana em baladas você não está investindo em lazer pura e simplesmente e, sim, deixando um pedaço de seu sonho para trás.

O que dói mais em você? Sacrificar algumas saídas ou priorizar aquilo que é fruto de sonhos? A escolha é muito individual e a responsabilidade pelos resultados também, portanto, a pergunta que deixo hoje com vocês é: o quanto você está comprometido consigo mesmo?

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Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.

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