Por que é difícil trabalhar com a Geração X?
Amigos leitores,
Estava a preparar panquecas de banana com ovos numa tarde de domingo e me vieram alguns flashes da última semana que se passou e concluí. É, a Geração Y está envelhecendo… Já estamos a caminho dos 40 e décadas depois há ainda um sério conflito que não conseguimos resolver: por que continua sendo tão difícil trabalhar com a Geração X?
Não vou entrar em detalhes, mas tenho observado ao longo dos quase onze anos de carreira a facilidade que temos de trabalhar com a Geração Z e incrivelmente a tranquilidade, até, em trabalhar com os baby boomers. Ao contrário do que parece, temos sim muito respeito e senso de hierarquia quando trabalhamos com profissionais idosos, e muita fluidez e facilidade de comunicação com a Geração Z, mas quando precisamos dividir o espaço de trabalho com a geração X… a coisa não anda, ou desanda. O que será que está acontecendo?
Do que tenho visto, há algumas particularidades da nossa geração que certamente eles nunca conseguirão compreender e, até mesmo, aceitar. E aí vão algumas delas sendo compartilhadas com vocês:
1. Informalidade: tudo muda ao se depararem com um comportamento natural, que em algumas empresas de estrutura tradicional e verticalizada, é praticamente uma afronta. Somos diretos, não gostamos de muitos ritos que dificultem a acessibilidade e não conseguimos ver exatamente onde devemos ser menores apenas pela diferença de cargo? No fundo, infelizmente trata-se de hierarquia, mas eles pensam assim porque passaram por um processo totalmente diferente.
2. Acessibilidade: a geração Y não possui muitas reservas ao ter que se comunicar com profissionais ocupantes de cargos altos da empresa. Para a geração X essas pessoas são praticamente inacessíveis e existe em torno dessas figuras um código de conduta oculto, que todos “deveriam” saber, portanto, o fato de a geração Y ser mais objetiva e direta gera um forte incômodo na geração anterior, o que causa a ideia de que nos comportamos de maneira inadequada nas empresas.
3. Criatividade: a geração X foi forjada em um sistema de padrões e caixas, onde as coisas deveriam funcionar de forma politicamente correta precisa seguir uma série de padrões e normas. Ter que dividir seu ambiente de trabalho e compartilhar o espaço de atividades com profissionais que tiveram mais tempo para dar vazão ao senso criativo, a trabalhar mais no campo das ideias. Para a geração X isso é uma perda de tempo e desnecessário, pois boa parte dessa geração aprendeu a respeitar e validar tudo o que segue o modelo cartesiano no trabalho e na vida.
4. Inconformismo: por fim, existe um atributo de nossa geração que incomoda até mesmo a nós. Não conseguimos nos conformar com tudo o que fuja à possibilidade de termos liberdade e isso irrita e se torna uma grave afronta a geração X. Já presenciei diversas situações e já ouvi muitas frases do tipo “na sua idade eu jamais pensei em ganhar o seu salário!” ou “você deveria agradecer por esta oportunidade!”.
A questão é que depois de quase duas décadas, ainda não conseguimos encontrar um ponto de equilíbrio nessa convivência. Claro que isso não é uma regra, mas se você trabalha em uma empresa de estrutura tradicional isso fica mais claro e ainda mais doloroso.
Esta semana eu proferirei duas palestras, uma abrindo a Semana Acadêmica de Secretariado na Universidade Federal do Paraná e outra encerrando a Semana Acadêmica de Secretariado da Universidade Federal de Roraima. Então, acompanhem, pois postarei em minhas redes sociais a atualização da minhas rotas. Ótima semana para todos!
Marcela Brito sou eu: muitas mulheres, muitas facetas, uma só identidade. Alguém com missão, paixão e coragem.
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