Por que você contrataria um secretário executivo?
Amigos leitores,
Depois de um longo período sem escrever e manter contato com vocês, aqui estou. E agora, para ficar. Sinto muita falta de expressar um pouquinho do que tenho visto, vivenciado e aprendido e, acreditem, nesse período de abstinência de textos, vivi muuuuita coisa. Algumas terei a chance de compartilhar com vocês. Bom, hoje quero tratar de um assunto que gira em torno (sim, mais uma vez) sobre a minha profissão, que é também a minha formação de origem. Vocês sabem que sou formada em secretariado executivo trilíngue, pela Universidade do Estado do Pará (talvez isso aumente o respeito, pois muitas pessoas gostam de títulos e nomes de instituições blá, blá, blá). Além disso, eu tenho três atividades contratuais atualmente graças à minha formação.
Um desses vínculos contratuais é com uma empresa de grande porte brasileira que em 2009 promoveu um concurso onde havia vagas específicas para profissionais da minha área, como cargo de nível superior. Até aqui tudo bem. O edital era bem escrito e realmente dava a entender que os candidatos aprovados e contratados realizariam o sonho de ter um emprego estável, bem remunerado e, sim, atuando essencialmente na área fim. Mas não é bem assim que acontece. estou a caminho do sexto ano de atuação profissional nessa empresa e hoje, há alguns minutos, aconteceu algo que me faz ter a certeza de que meu reloginho aqui conta regressivamente.
Há alguns dias uma pessoa da área de comunicação da empresa me convidou para participar de uma matéria para o informativo interno dessa organização, que seria a primeira de uma série sobre as profissões que existem na empresa. E eles queriam escrever sobre profissionais da empresa que são formados em secretariado executivo e que atuam, de fato, na função de secretariado executivo. Naturalmente, como em várias outras empresas, existem profissionais que atuam na função, mas não possuem essa formação (e aqui, por favor, não julgo competências, porque temos bons e maus exemplares tanto com formação quanto sem).
A matéria parecia ir muito bem e eu confesso que fiquei muito feliz de poder contribuir, especialmente por todo o trabalho que faço extramuros em prol do Secretariado Executivo, que eu simplesmente amo. Mas hoje eu soube que essa matéria periga não sair porque poderia causar certo desconforto para secretárias, por exemplo, da alta direção da empresa que não são formadas na área… (?????????) Isso mesmo. A ideia, a princípio, era divulgar a profissão, mas parece que, como muita coisa por aqui, isso também não vingou e por questões muito pequenas, a matéria provavelmente não sairá mais.
E eu, com quase 30 anos de idade, dez de profissão atuando na minha área, e quase 6 nesse lugar, me pergunto: por que querem secretários executivos? Estou aqui há mais de cinco anos e ainda não tive essa resposta. E creio, verdadeiramente, que não passarei os próximos cinco anos aqui tentando descobrir. É TOTAL perda de tempo. E como a minha linda e competente amiga e coach Andrea Brilhante mesmo fala: “tempo é vida!”. E eu, definitivamente, não quero gastar a minha (que é muito, mas muito preciosa) em um lugar como esse.
Ótimo dia e vamos à luta porque ser secretário executivo é um desafio para muitos anos!
Marcela Brito sou eu: secretária executiva trilíngue, esposa, mãe, consultora de carreira, empreendedora, escritora, blogueira, professora, eterna aprendiz e uma mente que não para de pensar em construir um bom legado para nós e os que vierem depois de nós.
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Infelizmente essa é uma realidade na maioria dos órgãos públicos. Também acontece em empresas privadas, onde o empregador acha que tem o direito de contratar qualquer pessoa de nível médio ou formada em outra área para exercer as funções de secretário, e cria nomenclaturas bizarras para registrar o profissional. Ou, pior, contrata secretários executivos formados e assinam a carteira como assistente/auxiliar administrativo e afins para não pagar o salário que deveria. É todo um processo que deve ser combatido. O empoderamento da profissão deve partir da gente, nenhuma outra profissão vai brigar pelos nossos direitos.
Ótimo artigo.
Através de pesquisa na época acadêmica, há alguns anos, cheguei a seguinte conclusão:
“Se o EXECUTIVO (o temido Chefão) das empresas e órgãos públicos, conhecessem a fundo a profissão e os benefícios que este profissional traria a eles, com certeza contratariam”.
Porém, como foi bem explicitado pela(o) colega Sra. Zahara o conhecimento deles é quase nulo, pois, muitos pensando que vão lucrar ($) contratando um profissional de nível médio e/ou de outra formação acabam pagando o pato com a mao de obra mal qualificada.
Um profissional de secretariado formado está preparado para facilitar e colaborar de maneira MACRO na empresa e não mini (visão limitada) como vemos por ai.
A Sra. Andrea Brilhante (Uma das mais brilhantes professoras que tive) sempre tocou neste ponto de “tempo é vida”. Creio que assim como o tempo não para, temos que viver a vida da e melhor forma, quer seja profissionalmente ou quer seja na vida particular.
Deixo aqui meus sinceros votos de esperança para nossa profissão.
Talvez quem saiba lá na frente (com muita luta) a gente consiga algo melhor para todos.
Forte abraço,
Natanael.
Olá Marcela! Sou graduanda em Secretariado pela Uepa, e é exatamente sobre isso que tratarei em meu trabalho de conclusão de curso. Infelizmente, o que se observa é um estigma muito grande de nossa profissão, e muitas das vezes o que venho observando é que a contratação do profissional sem a formação na área gera entraves para nós graduandos, sei que há a competência prática adquirida empiricamente pelos profissionais e que é de grande importância ,mas como futura secretária executiva não posso menosprezar o conhecimento técnico oriundo dos 4 anos de Curso, e isso me inquieta bastante por isso decidi pesquisar sobre, caso você tenha interesse em compartilhar um pouco mais dessa perspectiva em seu blog ou de outra maneira não só comigo mas com os outros colegas de profissão, seria de grande valia.
Um grande abraço.