Meu primeiro emprego
Amigos leitores,
Fevereiro está se despedindo e esta semana, em especial, quero tratar sobre a carreira que construímos. Decidi abrir parte do meu arquivo pessoal este fim de semana para enriquecer um pouco os diálogos que mantenho com vocês, que carinhosamente me acompanham há algum tempo. Em 11 de dezembro de 2015 completei nove anos desde que iniciei minhas atividades profissionais e quando olho essas duas imagens, passa um filme em minha cabeça.
Vamos lá, então: eu tinha 19 anos e há alguns meses eu havia conhecido uma consultora empresarial chamada Caroline Benmuyal, que foi a primeira pessoa que me entrevistou para uma vaga de estágio, à época em uma das unidades do CCAA. Importante dizer que eu soube desta vaga por intermédio de um colega da graduação em História da Arte da Universidade Federal do Pará, que me falou porque eu cursava uma disciplina optativa na turma dele quando estudava Comunicação Social.
Caroline foi minha primeira mentora e, em horários entre uma aula e outra, ela me convidava para tomar café com ela, enquanto ela me ensinava sobre comportamento profissional, experiências de carreira e o mundo corporativo. Naquele ano eu a convidei para ser palestrante no evento “II Executive”, o evento acadêmico de Secretariado da Universidade do Estado do Pará. Ela aceitou, fez a palestra de abertura, foi um sucesso e, ao fim do evento, me apresentou à Tânia Mamede, gerente de marketing de uma franquia da Blockbuster, em Belém, que havia ficado encantada com o perfil do profissional de Secretariado Executivo.
Tânia me ligou semanas depois me convidando para uma entrevista de estágio (recomendada por Caroline). Passei e fiquei exatamente 1 mês na Block, onde com Tânia, toda a equipe operacional, que era maravilhosa, e o franqueado Rafael Batista, aprendi a ser a profissional que sou hoje. Eu saí da Blockbuster porque no mesmo mesmo que começara a trabalhar havia sido chamada para assumir um cargo público na Emater-Pará, o meu primeiro concurso público. Fiquei feliz e triste ao mesmo tempo, porque eu adorava o trabalho e os desafios que eu tinha na gerência de marketing da Blockbuster. No dia que parti, Rafael me disse uma frase que jamais esqueci: “O que me dói é ver que você não tem perfil de funcionário público e prometa pra mim que você não vai se tornar um desses que deixa o blazer na poltrona!”. Rafael me disse algo em tom jocoso, mas jamais me esqueci e sempre me lembro disso, especialmente no contexto atual, onde as pessoas estão pouco apáticas e não compartilham da mesma visão de carreira que eu, na maioria das vezes.
Depois da Block, eu descobri alguns talentos, especialmente o de me relacionar e fortalecer meu networking (e dos outros também) e aprendi lições como:
– Perfil de liderança;
– Proatividade;
– Capacidade de negociação;
– Efetivar parcerias (eu ia sozinha propor parcerias a empresas locais para fortalecer o negócio da Block);
– Importância de elaborar projetos;
– Amar, ainda mais, a minha profissão!
Sem dúvida, ter iniciado um estágio num lugar como esse me mostrou quem eu era e quais eram minhas grandes habilidades. E eu descobri que, embora eu tenha abandonado a Comunicação Social, jamais deixei minha essência e permaneço sendo comunicadora e, mais do que isso, conectora de pessoas. É algo da minha natureza e quando descobrimos isso, tudo se torna mais simples e a carreira passa a ter direcionamento. Você sabe qual é o seu perfil? Espero ter inspirado um pouco o dia de vocês com minha história!