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A cultura e o homem

Amigos leitores,

Desde que me entendo por gente sabia que gostava de interpretar diferentes ambientes, pessoas diferentes, escolhas diferentes e como tudo isso impacta no comportamento social, nas atitudes que uma pessoa tem em sociedade e o quanto cada um pode extrair desse tipo de experiência para ser melhor ou pior ou corresponder às expectativas do meio.

Uma vez eu conversava com um amigo economista e já faz um certo tempo (eu estava na graduação), ele comentava que gostava da flor de lótus e que ela era um exemplo interessante sobre superação e eu completei, naquele instante, que era bonita exatamente porque ela conseguiu ser flor, apesar do meio. A flor de lótus nasce em meio ao limo, mas é belíssima!

Com isso, quero dividir as impressões e as reflexões que teci após a leitura do primeiro livro de 2016: “Fora de série – Outliers”, de Malcolm Gladwell, que me foi emprestado no fim do ano passado pela querida amiga e parceira de tantos trabalhos, Simara Rodrigues. O autor faz uma série de assimilações de fatos comuns entre profissionais de alta performance em várias áreas e impressiona, brilhantemente, por demonstrar que determinados eventos alheios à nossa vontade muitas vezes contribuem para que tracemos um caminho rumo ao pódio dos vencedores.

No livro, Malcolm também faz uma relação entre tempo de dedicação ao longo de vários anos quanto a determinada habilidade (é o que costumamos falar sobre o encontro de preparo e oportunidade). Ele prova, por exemplo, porque Bill Gates e The Beatles estavam prontos para serem bem-sucedidos quando a grande oportunidade chegou. E traz informações que dificilmente encontramos disponíveis de forma tão clara.

O autor também relata o peso que um legado cultural pode trazer sobre nossas vidas, o quanto a força de um cultura influencia em nossas atitudes, pensamentos e comportamentos. Nesse trecho ele usa a cultura chinesa como exemplo de sociedade inclinada ao trabalho incessante praticamente sem férias e pausas e prova porque os asiáticos possuem mais habilidade com matemática e raciocínio lógico do que nós, ocidentais.

Mais uma vez a pesquisa importantíssima do holandês Geert Hofstede (e suas cinco dimensões culturais) estão presentes numa importante obra que tem como finalidade entender o ser humano e o que tem por trás da alta performance. Ajuda a esclarecer fatos aterrorizantes como, por exemplo, dados estatístico de que acidentes aéreos tem sido causados ao longo do tempo mais por força do legado cultural de que por problemas mecânicos.

E, por fim, uma leitura perfeita para abrir um ano que promete ser mais denso e importante e em um momento em que decido mergulhar profundamente nas dimensões culturais para entender este homem, complexo, social, contemporâneo, que somos nós e que a cada dia nos surpreende com atitudes e posturas inesperadas. Um momento em que enxergo, finalmente, que embora eu não tenha completado a graduação em Comunicação Social, talvez eu tenha cursado aquele que seria o período mais importante em termos de valor, conhecimento e aprendizado que a Comunicação Social introduziu em minha mente: cultura, sociedade e o homem.

Eu recomendo a leitura, maravilhosa e especial! Sem dúvida, um grande presente para começar este ano!

Marcela Brito sou eu: secretária executiva trilíngue, esposa, mãe, consultora de carreira, empreendedora, escritora, blogueira, professora, eterna aprendiz e uma mente que não para de pensar em construir um bom legado para nós e os que vierem depois de nós.

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