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Função social ou propósito?

Amigos leitores,

O dia foi especialmente inspirador e produtivo. E quando eu encontro pessoas que olham para a mesma direção, que estão baseados em valores semelhantes aos meus, meu coração salta de alegria e minha mente não para de querer criar, registrar, inventar, inovar, escrever… Enfim, esses encontros particularmente hoje me levaram a uma reflexão que desejo compartilhar com vocês: afinal de contas, o que nos move fazer o que fazemos é apenas a rotina de cumprir uma função social, ser mais um número no mundo, ou a vontade de fazer cumprir um propósito, um ideal?

Eu adoro almoçar fora do meu ambiente de trabalho porque sinto minha mente respirar, consigo ver as cores do mundo, as expressões das pessoas, observar emoções e tentar decifrar mentalmente o que cada um está pensando naquele exato momento. Que inquietações, assombrações, preocupações e sonhos povoam as mentes itinerantes que vejo? Esse exercício faço a quase todo o momento quando o que vejo nos corredores da empresa onde trabalho são zumbis que não sabem de onde vem e nem sabem para onde vão. Vagam pelos corredores entorpecidos por uma apatia visivelmente angustiante e avassaladora.

Quando eu saio desse ambiente e converso com outros inquietos, meu idealismo e meu calor, meu fogo, meu desejo de ser mais e melhor (para mim, os meus e o mundo) torna a fazer todo o sentido. Ano passado tive que ouvir pessoas achando que eu estava exagerando, fazendo atividades demais. Não se dá conta de tanta coisa? Se isso não for possível, por que, então, Deus nos dotaria de tamanha inteligência? Se tudo o que nos propomos a ser e a fazer não passar apenas de convenções ou função social, onde chegaremos? Quem nos tornaremos?

Quando vejo uma mulher angustiada porque todas as amigas estão casando ou se tornando mães, me preocupo se isso realmente faz parte de um plano de vida ou apenas é a vontade de ser parte de um clube ou de exercer uma função social. Ser mãe exige compromisso e responsabilidade, da mesma maneira que ser esposa (o), amiga (o), filha (o), empregada (o), cidadã (o). E para os ousados e rebeldes da nova geração que se propõem a seguir seus ideais, resta a consciência de que isso trará implicações sociais sérias e deprimentes, muitas vezes. Cabe a nós mantermos a certeza de que estamos sendo honestos conosco e que se o preço é alto por buscar aquilo em que se acredita, a recompensa também haverá de ser.

Ótima noite para vocês!

Marcela Brito sou eu: secretária executiva trilíngue, esposa, mãe, consultora de carreira, empreendedora, escritora, blogueira, professora, eterna aprendiz e uma mente que não para de pensar em construir um bom legado para nós e os que vierem depois de nós.

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