Amigos leitores,
Ontem postei um texto sobre o tipo de profissional que irá se destacar no mercado de trabalho em 2016, mas reservei uma característica importantíssima desse tipo de profissional para abordar com mais detalhes neste artigo. Eu sempre gostei muito de ler e escrever e desde criança gostava de criar histórias e escrever diários. Além disso, boa parte da infância e adolescência eu ajudava colegas a redigirem trabalhos escritos para a escola e a prepararem redações. Se por um lado eu parecia boba, por outro fui a maior beneficiária, já que exercitei muito a escrita. Então, hoje vou falar de algo que pode garantir o emprego dos sonhos, oportunidades singulares e até atrair melhores companhias e amizades: saber escrever e falar melhor.
No último ano iniciei minha experiência como docente no ensino superior e essa relação estudante-professor me causou certos embaraços e constrangimentos ou, como dizem os pensadores contemporâneos, vergonha alheia em vários momentos. Infelizmente descobri que nossos estudantes de ensino superior (e aqui eu falo por uma boa parcela dos estudantes isolados de duas instituições de ensino superior privadas com as quais tenho vínculo empregatício – não estou generalizando) não aprenderam língua portuguesa. São ruins na escrita, são ruins na fluência, são pobres em vocabulário e não sabem ler, ou seja, são analfabetos funcionais.
Esse fato é preocupante e tende a piorar, uma vez que os jovens optam, muitas vezes, por frases e textos infundados encontrados na internet a livros e artigos de base técnica, científica ou literária. Para quem ensina, o maior desafio em 2016 será estimular a mudança desse quadro, com criatividade e inovação e a proposição de uma metodologia que incentive a leitura, o amor pela língua materna (outro problema, já que importamos quase tudo e o que vem de fora é sempre mais bonito que o nosso). A língua portuguesa é um idioma complexo, muito rico e muito diversificado, portanto, exige um esforço muito grande nos primeiros anos de escolarização em captar e entender suas funções e sua importância.
Com o objetivo de facilitar a difusão internacional da língua portuguesa, os países lusófonos assinaram em Lisboa, em 1990, um novo Acordo Ortográfico, com previsão de vigência a partir de 1º de janeiro de 1994, porém naquela ocasião apenas Brasil e Cabo Verde ratificaram o Acordo, o que impediu o início da vigência da nova ortografia. Em 2004, nova reunião decidiu que se três países dos oito ratificassem o acordo, ele poderia entrar em vigor e, em 2006, São Tomé e Príncipe ratificou. Portanto, em tese, o acordo já estava em vigência desde então, no entanto, no dia 1º de janeiro de 2016 (dez anos após a ratificação dos três países), o Novo Acordo Ortográfico passou a vigorar e isso, neste momento, implica em leitura do documento, esforço em aprender as novas alterações e aplicação diárias das mudanças na nova ortografia da Língua Portuguesa.
E o que acontece com quem não passar a escrever conforme o novo acordo ortográfico?
A regra é muito clara: se não está certo, está errado. Isso mesmo! Quem não se adequar ao Novo Acordo Ortográfico enfrentará problemas em processos seletivos como provas de vestibular, concurso público e recrutamento para vagas de empregos. Escrever certo é o mínimo que se espera de quem se declara fluente em um idioma. Obviamente uma língua é bastante complexa e exige um esforço diário para que se aprenda tudo o que for possível.
E especialmente para os profissionais das letras, da comunicação e nós, secretários executivos, o aprendizado das mudanças é imprescindível e urgente. Somos canais e mediadores de mensagens e da comunicação organizacional, portanto, muita atenção às novas mudanças! Agora, não basta se preocupar em aprender outros idiomas estrangeiros, é mandatório ter domínio na língua materna, na língua portuguesa.
E aqui eu ressalto: especialmente em 2016 se destacará aquele que fizer um esforço maior para se adequar às mudanças na ortografia e escrever e falar bem. Não tem outro método: é sentar, ler e aplicar essas alterações. Ler um pouquinho todo dia ajudará a agregar melhor o conteúdo. E para quem quiser saber quais são as mudanças na nova ortografia, confira o link abaixo:
http://www.casadasrosas.org.br/cae/arquivos/novo-acordo-ortografico.pdf
Abraços e ótima quinta-feira!
Marcela Brito sou eu: secretária executiva trilíngue, esposa, mãe, consultora de carreira, empreendedora, escritora, blogueira, professora, eterna aprendiz e uma mente que não para de pensar em construir um bom legado para nós e os que vierem depois de nós.
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Obrigado pelo texto, Marcela. Que Deus te abençoe.
Nilton, que prazer falar com você! Obrigada!
Excelente artigo! Que admiração por você e seu trabalho Marcela! Me inspiro todos os dias! Obrigada por compartilhar seu conhecimento. Beijos
Fernanda querida, fico muito feliz por ter encontrado você! E agradeço a Deus por me dar alegria no que faço e inspiração para continuar escrevendo, pesquisando e amando esta profissão. Um beijo enorme!