Quem somos para os outros
Queridos leitores,
As experiências profissionais e de vida determinam quem somos e como devemos nos posicionar. Cada um de nós possui um perfil profissional mais ou menos dinâmico. Há pessoas que possuem um perfil altamente dinâmico, com foco na resolução de problemas e fatalmente em organizações mais verticalizadas e burocráticas acabam se frustrando, pois o próprio sistema não permite maior agilidade. Atualmente vivo esta realidade assim como vários colegas de trabalho. Muitas vezes sabemos o que precisa ser feito e quando, porém o processo não é tão simples quanto parece e quase sempre esbarramos em pessoas em posições gerenciais que não possuem perfil totalmente adequado para estar em um lugar de decisão.
Quanto a isso, a melhor dica é ter paciência e calma. Além de existirem muitas organizações lentas e de gestão ultrapassada, especialmente as públicas, apesar do grande esforço em modernizar essas instituições por parte de melhorias no sistema de tecnologia da informação e da inserção de práticas contemporâneas de gestão, encontramos outra barreira: as pessoas que se encontram em sua zona de conforto e resistem bravamente às mudanças. Quanto a isso, não há muito o que fazer e é quando você entende que você está nadando contra a maré.
Em um dado momento que chega a ser enlouquecedor, a tendência é perder a calma, a tolerância e agirmos com certa impaciência e, em alguns casos, agressividade. Mas o tempo de trabalho também já ensinou alguma coisa a mim: de tudo, o que fica é que você significou na vida dessas pessoas. O meu primeiro chefe me disse a frase da minha vida quando passei no meu primeiro concurso público: “Marcela, não vejo você como servidora pública, mas já que você vai, por favor, não pendure o blazer na cadeira”. Essa frase para mim deixou muito claro a visão que a sociedade possui de um servidor público e que, infelizmente, na maioria dos lugares corresponde à verdade.
Depois dessa frase muita coisa aconteceu e eu me frustrei muito por entender que muitas vezes o esforço em aplicar o que se sabe não é devidamente reconhecido e que não importa quem você seja, é como você trata as pessoas que marca as pessoas, mereçam elas ou não sua dedicação laboral. Deixamos de conquistar oportunidades excelentes em virtude de nossa revolta e insatisfação com determinadas situações, mas o sistema é imbatível, portanto, lute de outro jeito e deixe as pessoas fora disso. Quem hoje vive na zona de conforto, vive porque gosta e não quer mudança por motivos óbvios, então, não mexa com essas pessoas. Busque maneiras mais inteligentes de confrontar o que está errado. No final das contas o maior beneficiado será você mesmo.
Um ótima quarta-feira para todos!
Marcela Brito sou eu: secretária executiva trilíngue, esposa, mãe, consultora de carreira, empreendedora, escritora, blogueira, professora, eterna aprendiz e uma mente que não para de pensar em construir um bom legado para nós e os que vierem depois de nós.
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