A força do hábito
Queridos leitores,
Eu adoro as conversas de final de expediente com as minhas amigas. A volta para casa sempre nos traz reflexões e perspectivas de como foi o dia para cada uma. Sem dúvida, a troca de ideias e comentários nos ajudam a enxergar as situações de uma maneira diferente. Além disso, eu adoro ouvir as pessoas e entender como elas reagem às situações e de que maneira organizam seu dia, seus compromissos e suas agendas. Faz parte da minha formação como secretária executiva e de uma das minhas atuações como consultora.
Observo constantemente que conseguimos conduzir bem uma situação, atividade ou compromisso quando somos estimulados e temos um motivo nobre para fazer bem o que é necessário. Ninguém faz bem feito aquilo a que não é motivado. E a disciplina nasce da junção do senso de responsabilidade com a paixão pelo que se deve fazer. Criamos o hábito a partir do momento em que acreditamos receber um ou mais benefícios. É difícil acreditar, mas a maioria das pessoas não consegue concluir o que começam por achar que está fazendo algo e, com o passar do tempo, percebem que a atividade não é como havia pensado.
Portanto, deve-se entender de mente e coração tudo o que é proposto. Quando o entendimento fica vago, provavelmente as ações também serão. Disciplina e hábito, especialmente os que estão relacionados à vida profissional, devem ser cultivados diariamente e, de preferência, com pessoas com as quais você se sinta à vontade e feliz em trabalhar. É muito mais tranquilo criar hábitos saudáveis no trabalho quando você se sente confortável, em um clima organizacional favorável e quando, principalmente, há perspectiva de crescimento futuro.
Além disso, atualmente conta muito tudo o que inclui o bem-estar da família. O trabalho que rouba o tempo irrecuperável entre você e os seus familiares, definitivamente não merece uma gota do seu suor. Trabalhar é muito bom, mas só dá pra vestir a camisa da empresa mesmo se a empresa apoia sua luta. Afinal de contas, os dois lados da balança devem estar equilibrados. Muitos dos casos hoje de afastamento do trabalho estão baseados em doenças psicossomáticas como depressão, estresse, síndrome do pânico etc.
Empregado que adoece por causa do trabalho se torna uma responsabilidade ainda maior da empresa. O compromisso deve ser de ambos os lados. O empregado não deve e não pode roubar tempo da empresa para cuidar de fins particulares e a empresa não deve cobrar do seu empregado atividades além do limite entre a vida pessoal e a profissional. Não deixem que situações invasivas tornem-se hábitos. Tudo o que for bom para a carreira e a vida pode se tornar hábito, sem a menor preocupação.
Uma ótima quarta!!
Por Marcela Conceição Brito