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Comunicação Social – Jornalismo

Olá, Profissionais!

Nossa coluna especial de quinta-feira traz hoje uma representante muito especial da Comunicação Social – Jornalismo. A profissional que eu tive a honra de entrevistar é bem jovem, concluiu o curso recentemente e já está atuando na área.

Marina Miralha é a profissional entrevistada no nosso Job Interview de hoje. A notícia pela manhã ficou bem mais interessante e atrativa. Competência, simpatia e beleza compõem o perfil desta jornalista de 24 anos que hoje nos fala desta profissão charmosa, importante e às vezes polêmica.

Nome: Marina Miralha

Profissão: Jornalista

Idade: 24 anos

Cidade: Belém

Marcela Conceição: Olá, Marina! Obrigada por participar da Job Interview desta semana para o meu site. Você é muito jovem, concluiu a faculdade recentemente e já atua em uma área de destaque dentro do jornalismo.

Marina é apresentadora do telejornal “Bom dia Pará”, da TV Liberal, afiliada Rede Globo e hoje vai conversar conosco sobre a profissão dela, a atuação no mercado e as perspectivas de futuro para quem está se formando em Jornalismo.

Marcela Conceição: Quando você se graduou e qual foi a Instituição de Ensino?

Marina Miralha: Me formei aos 21 anos de idade, no curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal do Pará.

MC: Há quanto tempo você trabalha como Jornalista?

MM: Como jornalista graduada, há 4 anos. Mas desde o inicio da universidade fui atrás de estágios na minha área e comecei a ter contato com a profissão já no primeiro semestre da faculdade.

MC: Quais os principais requisitos para ser Jornalista?

MM: Me considero estudiosa desde pequena. Sempre me cobrei bastante porque entendia que os estudos eram a condição para eu chegar a algum lugar na vida. Boletim sempre azul, até o final da Universidade. Ter sede de conhecimento – se atualizar sempre que puder, seria o principal requisito. Juntamente a isso, a paixão pelo que você faz. Nada é mais prazeroso do que você fazer o que gosta. E tudo fica mais fácil e você consegue transparecer segurança e naturalidade para o seu público. Além desses requisitos existem, claro, os básicos para se estar nessa profissão. Gostar muito de ler, de escrever, de ouvir as pessoas, de investigar, de ir atrás de fatos que possam render uma boa reportagem, um bom trabalho. E precisamos ser versáteis. O jornalismo exige que você possa atuar em vários ramos da profissão. Claro que temos e podemos ter preferência por determinada área, mas é sempre bom que estejamos atualizados e preparados para o mercado como um todo.

MC: Qual a sua posição sobre a não-obrigatoriedade do diploma de nível superior para exercer a profissão, homologada no STF em 2010?

MM: Eu sou a favor da exigência do diploma para atuar como jornalista. Acredito que o profissional, por melhor que ele seja na prática o embasamento teórico ensinado nas universidades é essencial.

MC: Onde você trabalha atualmente?

MM: Hoje eu atuo como editora e apresentadora do “Bom Dia Pará”, o primeiro telejornal do dia da Tv Liberal, afiliada da Rede Globo, em Belém. No meu primeiro ano de universidade, já queria entender as atividades de um jornalista. Fui atrás, e logo consegui um estágio na Tv Cultura do Pará. Foi a escola prática do jornalismo para mim. Era muito empolgante entender como a teoria aprendida na universidade se explicava no dia-a-dia do jornalismo. Estagiei na produção de um programa de entrevistas, mas pedia pra fazer tudo, mesmo o que não me era delegado como função. Era uma “aspirante” à jornalista curiosa e com muita vontade de aprender. Sentia que tinha escolhido uma profissão que me mostrava muitas afinidades, e isso era o mais legal. E, curiosamente, foi na televisão que comecei a estagiar e foi no telejornalismo que eu vim parar! Em 2007 passei no PRÓ-TV, um programa de estágio em telejornalismo da Tv Liberal. Lembro que me inscrevi na última hora, e ainda pensei em não ir no dia da prova porque não estava me sentindo muito bem. Foi um processo concorrido, mas me chamaram. Fiz o teste, e fiquei entre os dez estagiários admitidos. Com um ano de PRÓ-TV fui convidada a produzir e apresentar o Liberal Notícia, e aceitei o desafio com muita alegria. O frio na barriga de fazer um programa ao vivo ainda ficou por uns meses, mas, hoje, eu já me sinto bem mais a vontade e tento passar essa segurança para o telespectador.
Não demorou, e surgiu o convite de apresentar o “Bom Dia Pará”. Na minha cabeça, um monte de interrogação! “Como assim, Bom Dia Pará??”. A idéia inicial, inclusive, foi do meu colega de bancada Salomão Mendes. Já o conhecia, e nós nos dávamos muito bem. Ele compartilhou a idéia com a editora-chefe do jornal, Daniela Martins, e o editor geral de jornalismo, Álvaro Borges, que deram o aval.
Confesso que fiquei bastante surpresa. Dividir a bancada com alguém muito mais experiente que eu foi o maior dos desafios. Mas estava muito disposta a aprender e não ter vergonha de perguntar. O bom relacionamento com a equipe do Bom Dia Pará também foi essencial, e o dinamismo no telejornal foi logo percebido, e as repercussões foram muito positivas. Ser tão jovem e assumir essa posição, no primeiro telejornal do dia, me faz pensar que toda a minha dedicação para os estudos e a iniciativa de sempre correr atrás do que quero, me trouxe essa grande recompensa, hoje. E é a dica que dou quando sou convidada para conversar com estudantes de jornalismo, pra contar um pouco da minha “pequena carreira”. O mercado é competitivo, saturado e restrito. Você precisa se destacar, mostrar algum diferencial. Estude, e tenha iniciativa. Não fique esperando lhe pedirem algo para que você comece a fazer. Acho que isso pesou na minha escolha para os programas que apresento e já apresentei aqui. (É do Pará e a Agenda Cultural).

MC: Como funciona seu trabalho?

MM: Vamos lá, porque o dia começa bem cedinho para mim! Acordo às 4:30 da manha, todos os dias, exceto aos sábados e domingos. Confesso que no começo foi difícil, mas qualquer ser humano se adapta, de acordo com as necessidades. Hoje, já é bem fácil acordar cedo e ir trabalhar com muita disposição.  Quando chego na TV, começo a ver o material deixado pelas equipes de reportagem e tudo o que os editores da noite conseguiram adiantar para o “Bom Dia Pará” do dia. Apresentadores não são meros apresentadores, não. Tudo o que falamos no ar é escrito e editado por nós e pela equipe de editores da noite. O trabalho vai desde ir para ilhas de edição, gravar offs (termo jornalístico que significa o texto gravado pelos repórteres que será inserido sobre as imagens que foram captadas) e escrever os textos a serem lidos no telejornal. É uma corrida contra o tempo e nós, mulheres, ainda precisamos de um tempo maior para nos arrumar no camarim. O tempo maior a quem me refiro não passa de dez, quinze minutos para eu estar pronta e correr para o estúdio.

MC: Você enfrenta algum tipo de preconceito em relação à sua beleza por ocupar uma posição de destaque no telejornalismo?

MM: No início, senti um pouco desse preconceito que desvincula a beleza da eficiência, mas com o tempo, pude mostrar que cheguei aonde cheguei por competência e mérito de meu esforço e dedicação.

MC: O que mais motivou você a optar por essa profissão?

MM: A paixão pela leitura, pela escrita, a vontade de conhecer como tudo funcionava nos bastidores do jornalismo. Eu já tinha essa curiosidade e sentia grande afinidade com a profissão.

MC: Que parte de seu trabalho deixa você mais realizada?
MM: Nada como receber o retorno positivo das pessoas que me assistem. Isso que faz valer a pena e nos move como jornalistas.
MC: Ser jornalista (apresentadora de telejornal) permite que você desenvolva outra atividade profissional?

MM: Procuro sempre organizar o meu tempo para poder realizar outras atividades, mas priorizo trabalhos que domino com mais facilidade e, nesse sentido, atuar no telejornalismo me ajudou bastante. A visibilidade e o contato diário com os telespectadores me rendem muitos convites para ser mestre de cerimônia em eventos.

MC: Você exerce a liderança e a proatividade em seu trabalho? Como você lidera sua equipe?

MM: Trabalhamos, de fato, em equipe. O resultado é muito superior quando todos colaboram com opiniões e sugestões. Me envolvo completamente com o jornal. Participo, sugiro assuntos, entrevistas, reportagens.

MC: Que qualidades você tem que auxiliam em seu trabalho?

MM: A iniciativa, a proatividade, a paciência, a tranquilidade, um bom relacionamento profissional, e a minha sempre visível disposição e vontade de trabalhar. Isso se reflete na imagem que as pessoas têm de mim na empresa e, consequentemente, na imagem que também passo para os meus telespectadores.

MC: Que defeitos seus atrapalham seu trabalho?

MM: Acredito que o perfeccionismo me atrapalha um pouco no trabalho. Procuro sempre fazer o melhor, e até quando tudo sai como o esperado, eu me cobro achando que ainda poderia ter feito melhor.

MC: De que maneira você tenta corrigir seus defeitos, a fim de que eles não prejudiquem sua atividade?

MM: Me policio para não me cobrar tanto. Aprendo que se erramos naquele dia, não significa que a nossa competência é menor.

MC: Você considera seu comportamento no trabalho ético? Exemplifique.

MM: Sim. Precisamos ser éticos no profissional e no pessoal. A ética é inerente ao trabalho jornalístico. Lidamos com os dois lados da história e precisamos repassar sempre a verdade para o público. Ganhamos audiência e o principal, a credibilidade.
MC: E quanto à remuneração? Você considera satisfatória?

MM: Jornalista não recebe a remuneração que deveria, em minha opinião, mas tudo depende do seu empenho, dedicação e, também, da área que escolher atuar dentro da profissão. Umas vão te trazer mais retorno financeiro, outras não.  O telejornalismo, por exemplo, não é o que muitos pensam por aí em relação ao dinheiro, mas é satisfatório se avaliarmos a realidade regional e até nacional.

MC: Que mensagem você gostaria de transmitir aos nossos leitores, caso um deles tenha interesse em ser jornalista?

MM: Tenho paixão pelo jornalismo. É a força que me faz levantar, todos os dias, às 4:30. Hoje, invisto em cursos de idiomas e pretendo, sim, fazer alguma especialização para meu aperfeiçoamento profissional. Não quero parar de estudar. E incentivo a todos que não deixem de estudar. Esse será sempre o seu diferencial como profissional.

Tenho sempre o apoio e a motivação da família para toda e qualquer decisão. Eles me deixam livre para que eu escolha o que é melhor para mim, mas nunca deixam de mostrar as coisas como elas realmente são, para que uma possível frustração na minha vida não me tire a vontade de acreditar e continuar seguindo em frente.

O jornalismo é um trabalho enriquecedor, estimulante e apaixonante.

As pessoas interessadas em conhecer mais sobre o trabalho e as atividades desenvolvidas pela jornalista Marina Miralha, podem entrar em contato diretamente com ela por meio dos contatos abaixo:

E-mail: marinamiralha@gmail.com

Facebook: Marina Miralha

Msn: marinamiralha@hotmail.com

E, você, gostou da nossa entrevista de hoje? Espero que as explicações da jornalista Marina Miralha e o panorama traçado sobre o mercado de trabalho na área de Jornalismo tenham ajudado você a descobrir novas possibilidades dentro desta profissão tão atraente e charmosa.

Eu amei fazer esta entrevista e o próximo pode ser você. Escreva-nos com sugestões! Contamos sempre com sua colaboração!

Por Marcela Conceição

Comentários (9)

  1. Joanes,

    obrigada pela leitura e pela visita ao site! Sem dúvidas, é muito bom receber informações de um profissional bem-sucedido e que ama sua profissão. Marina é um exemplo no Jornalismo.

    Abraços,

    Marcela Conceição

  2. Amei a entrevista principalmente porque quero ser uma jornalista sucedida como Marina Miralha.Saiba que essa entrevista me inspirou ainda mais.

  3. Fernanda,

    fico feliz em saber que a entrevista com Marina a inspirou. Este é o principal objetivo desta coluna: esclarecer detalhes do mercado de trabalho em diversas profissões, a fim de ajudar aqueles que ainda buscam orientação na carreira.

    Obrigada pela visita ao site e pela contribuição!

    Abraços,

    Marcela Conceição

  4. Adorei a entrevista! Sensacional..
    Conheci ela no dia 8 de Abril.
    Expliquei a ela,que queria ser Jornalista.
    Ela disse,que eu não tenho que desistir dos meus Sonhos e que tenho que seguir em frente!! essa matéria foi um espetáculo,principalmente,com essa Linda e Maravilhosa Jornalista!!
    Matheus Freire.

  5. Gostei da entrevista, achei bem discreta e sincera. Principalmente quando ela fala sobre o financeiro, acredito que pra ser feliz, é fazer o que gosta com carinho e de coração.
    Talvez se nossos politicos pensassem desta maneira, nossa nação seria bem diferente.

    1. Obrigada, Fabiano! A entrevista foi bastante especial e muito honesta. Me senti honrada em entrevistar a competente jornalista Marina Miralha. Você tem toda razão. Falta amor e comprometimento pelo que se faz no Brasil. Mas acredito que temos nosso mea culpa como cidadãos. Um abraço e obrigada por visitar meu site!

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Marcela Brito - 2009-2021